Como os brasileiros vão gastar o 13º salário
Viagens e presentes estão no topo da lista dos gastos da primeira parcela, de acordo com pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)
A proporção de brasileiros que pretende gastar a primeira parcela do 13º salário com presentes de fim de ano subiu de 5% para 8,6% entre o ano passado e este.
É o que revela pesquisa da Associação Comercial de São Paulo. Já a quantidade de consumidores que planejam viajar com o dinheiro extra saltou de 2,5% para 8,6% no mesmo período.
“Tudo leva a crer que teremos um Natal muito bom e o saco do Papai Noel vai estar mais cheio. As vendas não chegarão próximas às de 2014, último Natal que a gente era feliz, mas poderemos recuperar as perdas do ano passado, se o varejo tiver bom desempenho”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Ele reforça, contudo, que somente em 2020, na melhor das previsões, o varejo chegará ao nível de 2014.
Em dezembro daquele ano, o Índice Nacional de Confiança (INC) da ACSP/Ipsos registrava otimismo de 148 pontos. No indicador mais recente deste ano, referente a outubro, a confiança do brasileiro, segundo o INC, foi de 73 pontos, nível no campo do pessimismo.
Na avaliação de Burti, as TVs têm tudo para ser o destaque das vendas de fim de ano em função do fim do padrão analógico e pela proximidade da Copa do Mundo.
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Apesar do aumento na vontade de consumir, a pesquisa mostra que dois terços dos brasileiros ainda vão usar o dinheiro do 13º para pagar dívidas ou poupar (42,9% e 22,9%, respectivamente); praticamente os mesmos níveis do ano passado.
O levantamento ainda indica que os indecisos caíram de 22,5% para 17,1%, o que reforça a tendência de maior consumo nos próximos meses.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos com 1.200 pessoas em todas as regiões do Brasil entre os dias 1º e 15 de outubro.