Incertezas eleitorais derrubaram as vendas na capital paulista
Em outubro, o resultado apurado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostrou queda de 0,4% em relação a igual mês do ao passado
O movimento de vendas do varejo paulistano caiu em média 0,4% em outubro sobre o mesmo período de 2017, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
“As comercializações do período foram fracas devido à incerteza das eleições, que fez com que os consumidores adiassem decisões de compra. O aumento das tarifas públicas – energia elétrica e gasolina – também foi outro fator que diminuiu o poder aquisitivo das famílias”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comercias do Estado de São Paulo (Facesp).
As vendas à vista recuaram 3,8% em outubro, também prejudicadas pelo clima relativamente frio, que não estimulou a moda Primavera-Verão. Por outro lado, as transações a prazo tiveram alta de 4,6% no período beneficiadas pela queda dos juros e pelo alongamento dos prazos.
VARIAÇÃO MENSAL
Em relação a setembro, as vendas de outubro aumentaram em média 13,5%. Apesar de setembro não apresentar datas comemorativas importantes para o comércio, o mês teve dois dias úteis a mais. Porém, outubro mostrou-se mais forte, puxado pelo Dia das Crianças, que tem intenso movimento de compras.
De um modo geral, o movimento das vendas do comércio em outubro não deve servir como parâmetro para avaliar as vendas do fim do ano.
“O mês apresentou fatores circunstâncias – eleições e aumento de preço dos serviços públicos - que não são medidores para a projeção de vendas do fim de ano. Há outro ponto positivo para o futuro: tradicionalmente a confiança do consumidor sobe após as eleições”, afirma Burti.
O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal/ACSP com base em amostra fornecida pela Boa Vista Serviços.
IMAGEM: Thinkstock