Vendas no comércio paulistano sobem 5,8% em fevereiro
Foi o décimo mês consecutivo de recuperação no comércio da capital, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo

O movimento de vendas do varejo paulistano cresceu 5,8% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2017.
As vendas a prazo cresceram 7,5% e à vista, 4% [veja quadro abaixo]. Fevereiro foi o décimo mês consecutivo de recuperação no comércio da capital e o melhor fevereiro desde 2014, quando a alta no movimento havia sido de 8,6%.
De acordo com Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o bom desempenho do varejo paulistano no segundo mês do ano ocorreu pela base fraca de comparação e também pela melhora do cenário macroeconômico.
“O carnaval deste ano ajudou as vendas, mas a grande explicação está nas fortes quedas que ocorreram nos dois últimos anos e nos fatores macroeconômicos. Com juros menores, prazos mais longos e maior renda das famílias, o comércio tem um caminho mais favorável para crescer. O varejo está em franca recuperação”, declara Burti.
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Na comparação com janeiro deste ano, o movimento de vendas de fevereiro na capital apresentou uma queda média de 6,2% (-5,7% à vista e -6,6% a prazo).
O recuo neste mês é meramente sazonal, visto que janeiro é caracterizado por promoções agressivas das lojas, as chamadas megaliquidações.
E também pelo fato de que janeiro teve três dias úteis a mais que fevereiro. “Contudo, é importante notar que o carnaval de rua vem crescendo em São Paulo, tornando-se uma da data comercial forte.
Há claramente um estímulo, antes quase inexistente, no comércio de bebidas, roupas e adereços nessa época do ano”, analisa o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
O crescimento do bimestre ficou em 5,2% (sendo 7,2% nas vendas a prazo e 3,2% à vista), com destaque para os bens duráveis, em especial móveis e eletrodomésticos.
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A título de comparação, no primeiro bimestre de 2017, o recuo foi de 5,8%, ou seja, a alta de agora não recupera as perdas do ano passado.
“A queda nos juros e o alongamento dos prazos, em combinação com a base fraca dos dois últimos anos, são os fatores que basicamente explicam esse crescimento mais acentuado nas vendas a prazo, tanto na variação anual quanto na bimestral”, afirma Burti.
O Balanço de Vendas da ACSP é elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, com amostra fornecida pela Boa Vista SCPC.
FOTO: Fátima Fernandes/Diário do Comércio