Educação é progresso

Portugal se tornou um exemplo de civilidade, com o acolhimento de turistas e um bom clima para os negócios

Aristóteles Drummond
01/Fev/2017
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Quem passa uma temporada um pouco maior em Portugal entende como um país pequeno, desprovido de riquezas naturais, consegue oferecer serviços de qualidade acima da média brasileira a seus cidadãos, apesar da crise. É a cultura de gerações na vida austera, no respeito ao próximo, no comportamento recatado.

Até os brasileiros que trabalham e residem em Portugal falam mais baixo, se vestem com mais discrição, adotam uma conduta mais correta. Embora quase 200 mil, entre oficiais e clandestinos, representam uma parcela insignificante na população carcerária, ao contrario dos vindos do Leste Europeu.

No século passado, foram 40 anos de um governo de exemplar correção e os anos de delírio que se seguiram não foram suficientes para deseducar o povo português, que ficou com a parte positiva da abertura política e econômica.

A crise continua preocupando, já que parou sua recuperação por equívocos do governo que acaba de completar um ano. No entanto, é compensada pelo fenômeno do turismo, com plena ocupação hoteleira, locadoras de automóveis com dificuldade para atender à demanda, restaurantes cheios e com novidades a cada dia em Lisboa, como no Porto e no interior.

Hospitalidade e simpatia no trato com turistas, bons preços e, sobretudo, muita segurança. E mais: tem clima e gastronomia que atraem, além de jogo e o fato de, no verão, receber os grandes navios de cruzeiro da Europa.

Fácil observar que o Brasil, com o seu tamanho, possui condições mais favoráveis a receber turistas, e com baixo custo em termos de gastos públicos.

A melhor mão de obra é treinada pelo Senac, os investimentos são privados. Falta apenas uma política de autoridade e disciplina nas escolas públicas e mais polícia nas ruas. O sucesso do VLT carioca e dos metrôs demonstram que o povo sabe ser educado quando quer.

Muitas empresas multinacionais estão cada vez mais presentes no país, em função da qualidade de vida das cidades portuguesas, que pode, no futuro, vir a juntar incentivos naturais de um bom ambiente de negócios, o que vem ocorrendo na Europa que abandona os sonhos socialistas.

Portugal vem se tornando também uma opção de moradia permanente, especialmente de franceses, ingleses e brasileiros, e, claro, aposentados, o que sustenta o setor imobiliário.
 

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