Confiança do consumidor tem o maior índice em três anos

Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 82 pontos em outubro, maior patamar desde julho de 2015

Redação DC
25/Out/2018
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Confiança do consumidor tem o maior índice em três anos

Trata-se de um crescimento de quatro pontos sobre setembro (78) e de nove frente a outubro do ano passado (73). A pesquisa foi feita em todas as regiões brasileiras entre os dias 8 e 14 de outubro, ou seja, após a divulgação dos resultados do primeiro turno das eleições.

“Passado o primeiro turno, o pessimismo do consumidor diminuiu. Após os resultados do segundo turno, a confiança deve subir mais, na esteira de um clima de otimismo porque historicamente é o que acontece em ano eleitoral. E, dependendo da intensidade do ânimo do brasileiro, as vendas de fim de ano podem ser bastante positivas”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Ele pondera que, embora o INC de outubro de 2018 seja o maior patamar em três anos, o indicador segue no campo pessimista.

O INC varia entre zero e 200 pontos; o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo e, de 100 a 200, o do otimismo.

Regiões

Em outubro, o Nordeste foi a região menos pessimista, com confiança de 89 pontos (86 em setembro e 68 em outubro/2017). O salto de 21 pontos entre um ano e outro pode ser explicado, em parte, pelo reajuste do Bolsa Família, que elevou significativamente o otimismo dos nordestinos nos últimos meses.

O INC do Sudeste foi de 82 pontos (72 em setembro e 68 em outubro passado). “Essa recuperação pode estar ligada à retomada da indústria e à realização do primeiro turno das eleições”, analisa Burti. Na região Norte/Centro-Oeste, a confiança ficou em 79 pontos (78 em setembro e 74 há um ano). E na região Sul o indicador marcou 74 pontos (81 em setembro e 94 há um ano) ? foi a única região com queda na confiança. Um dos seus estados, o Rio Grande do Sul, sofre com graves problemas fiscais e de gestão pública.

Classes

Com 84 pontos, a classe C foi a menos pessimista em outubro, apresentando elevações de cinco pontos frente a setembro (79) e de 12 em relação ao mesmo mês em 2017 (72), em função da queda dos juros e do alongamento dos prazos, que favoreceu o poder de compra compra desses consumidores.

Já a classe AB (74 pontos) mostrou-se a mais pessimista em outubro, mas com crescimento de cinco pontos ante setembro (69) e quatro sobre outubro passado (70). Os consumidores de maior renda podem ter sido beneficiados pelas condições facilitadas na compra de automóveis.

Beneficiada pelo Bolsa Família, a classe DE registrou 81 pontos em outubro (80 em setembro e 71 em outubro passado).

Metodologia

O INC é elaborado pelo Instituto Ipsos a partir de 1.200 entrevistas pessoais e domiciliares, realizadas mensalmente em 72 municípios no Brasil inteiro, com amostra probabilística, com cota no último estágio de seleção e margem de erro de três pontos percentuais, representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014).

Clique para ver a pesquisa na íntegra

 

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