ACSP: greve do Metrô pode ter causado prejuízo de R$ 55 milhões a SP
A projeção é baseada no volume financeiro movimentado diariamente na capital paulista e na região metropolitana
O comércio na Grande São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 55 milhões devido à paralisação dos trabalhadores do Metrô e da CPTM nesta terça-feira, 3/10, segundo estimativas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A projeção é baseada no volume financeiro movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana. Na avaliação do economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras no comércio.
"Com a restrição da circulação causada pela paralisação ficam prejudicados o que chamamos de consumos imediato e por impulso, que são os mais afetados quando há esses tipos de limitações no fluxo de clientes", diz o economista.
A GREVE
Na manhã desta terça-feira foi iniciada uma greve unificada envolvendo o Metrô e a CPTM. A paralisação, prevista para durar 24 horas, afeta as Linhas 1 (azul), 2 (verde), 3 (vermelha) e 15 (prata) do Metrô. No caso da CPTM, afeta as linhas 7 (rubi), 10 (turquesa), 11 (coral), 12 (safira) e 13 (jade).
As categorias que entraram em greve são contra a privatização das empresas públicas. Os sindicatos alegam que a transferência das operações ao setor privado "carece de maior discussão com a sociedade e que projetos do tipo podem piorar a qualidade dos serviços."
Já o governo de São Paulo define o movimento como "ilegal" e "abusivo". "É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão", afirmou a gestão Tarcísio em nota.
IMAGEM: Rovena Rosa/Agência Brasil