Zona Franca e a retomada

Com as reformas emperradas, contas deterioradas, e o desgaste nos mercados, uma das poucas possibilidades de se mostrar vontade de vencer preconceitos ideológicos está na Zona Franca de Manaus

Aristóteles Drummond
24/Fev/2016
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O governo sabe e proclama que é preciso atrair investimentos para o país. A situação está cada vez mais complicada. Empresas fecham e novas não surgem.

Algo precisa ser feito logo, urgentemente, para melhorar o ambiente de negócios no país. É necessário captar algo em termos de capital e tecnologia do mercado internacional.

A essa altura, com as reformas emperradas, com as contas deterioradas, com o desgaste nos mercados, uma das poucas possibilidades de se mostrar vontade de vencer preconceitos ideológicos está na Zona Franca de Manaus.

Maiores atrativos, dependentes de  simples medidas legais, sem gastos para o Tesouro, poderia dar um salto considerável ao que já existe e vem funcionando bem, apesar de ter fugido aos seus parâmetros iniciais com o tempo.

Hoje, melhorando a legislação e se libertando da dependência do mercado interno em crise, a Zona Franca poderia se tornar mais competitiva no mercado mundial e contribuir para o aumento das exportações.

O porto de Manaus pode ser revigorado com vontade política para tal e o aeroporto dispõe de ligações internacionais que permitiria o uso do transporte aéreo para produtos de baixo peso e maior valor agregado.

Fala-se muito na reabertura do jogo no Brasil, o que suscita um amplo e emocional debate. Mais fácil e mais rápido seria reabrir em Manaus e nos navios de turismo que circulam na região. Ousar, sim, mas para mexer com o país e apoiar uma região que vem sendo penalizada pela crise.

A Petrobras tem dificuldades para aproveitar melhor as imensas reservas de gás natural na Amazônia. Este mercado poderia sofrer uma imediata flexibilização para o investidor estrangeiro que aportasse capital e tecnologia.

A região ganharia muito com maior uso do gás para geração elétrica, podendo esta chegar ao Pará via Santarém. São projetos viáveis, que, inclusive, estão em estudos feitos há anos pelos militares, grandes defensores da Amazônia. Afinal, foram eles que fizeram a Zona Franca, o projeto Calha Norte, os aeroportos da área.

Vamos pensar em levantar essa bandeira. Os resultados viriam rápido como o Brasil precisa.

 

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