São Paulo está ferrada!

A grande metrópole virou terra de ninguém, na ausência de quem governe para a maioria

Paulo Saab
23/Ago/2016
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O primeiro debate entre os candidatos a prefeito na cidade de São Paulo, realizado na TV Bandeirantes, foi assustador para o cidadão paulistano.

Expôs de forma contundente que o futuro próximo que nos espera é de mais dificuldades e ausência de gestão com visão da grandeza de São Paulo.

Além do viés equivocado dos candidatos, todos eles querem governar para minorias. E tome discussão sobre pobres, negros, gays, e outras condições, numa demagogia barata, irrealizável e recheada de preconceitos contra a maioria -justamente a maioria que com seus impostos, taxas, tarifas, sustenta tanto quem dirige o governo municipal como os beneficiários eventuais dos programas de minorias.

O desvirtuamento dos valores e das regras de bom senso chegou a tal ponto em nosso país que hoje em dia o cidadão (e a cidadã, claro, para ser politicamente correto pela demagogia populista que esquece o comum de dois) que é honesto, trabalhador, extorquido nos impostos e não pertence à minoria alguma, é o discriminado.

Os populistas demagogos dão um jeito de fazer parecer que a maioria das pessoas de bem, são as culpadas pela existência de quem forma minorias que são protegidas pelo poder público, não como forma de política de estado, mas como política de arregimentação de voto e domínio do poder.

Fiquei, sinceramente, triste, até deprimido, diante do “espetáculo” que insiste em persistir na vida pública, da mentira, da desinformação, da demagogia, do desconhecimento, que os candidatos apresentam, sem pudor algum, ao tentar se apresentar perante o eleitorado paulistano como bem intencionados, e não oportunistas sequiosos de poder.

Não vou fulanizar, neste momento, os candidatos. Exceção ao atual prefeito, por estar no cargo e prometer, assim como uma ex-prefeita falastrona, de novo, fazer tudo que não fez quando no cargo.

São Paulo merecia melhor sorte na qualidade de seus candidatos.

Aí fica a pergunta: será que merecia, mesmo?

Uma certeza eu tenho. Reeleger Haddad será o pior dos mundos com seu populismo esquerdista barato.

Registro: no início da tarde de ontem, um caminhão de mudanças, com telefone da empresa e tudo mais, descarregava nos baixos do viaduto da Avenida Vereador José Diniz, na Avenida dos Bandeirantes, material de ocupação da área pública cujas grades foram arrancadas, numa invasão planejada, articulada e financiada por quem está pondo favelas novas em todos os pontos públicos disponíveis na cidade, sob o olhar complacente ou incentivador doa alcaide que se transformou em algoz do município.

A grande metrópole virou terra de ninguém, na ausência de quem governe para a maioria.

Não vou me espantar se houver crescimento na campanha do candidato que apresenta posições de maior força no combate ao crime, à violência e às irregularidades.

Como balanço geral desse primeiro debate, só me restou constatar com meus botões: estamos ferrados.

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