Paralisação exige atenção e cautela dos comerciantes
Essa é a recomendação de Marcel Solimeo, economista da ACSP. Para FecomercioSP, a greve pode prejudicar o faturamento do comércio e gerar mais preocupação e insegurança
Assim como na última paralisação geral, que aconteceu no último dia 28/04, as entidades que envolvem o setor varejista apoiam o funcionamento normal das lojas nesta sexta-feira (30/06).
A data foi escolhida por sindicatos e entidades de classe para mais um dia de greve geral. Os protestos são contra as reformas trabalhista e previdenciária.
Para Marcel Solimeo, economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a melhor forma de lidar com a possível paralisação é o bom senso, principalmente para garantir a segurança e integridade física de funcionários e clientes.
Nos pontos tradicionais de manifestação popular, por exemplo, a Avenida Paulista e a região central da cidade, Solimeo afirma que os comerciantes devem ter atenção e cautela.
"É um dia em que todos devem estar bem informados, cientes do que acontece ao seu redor para se antecipar a qualquer possível incidente".
Em caso de paralisação dos transportes públicos, ele aconselha que os comerciantes não descontem o dia e optem por um acordo de compensação.
"Não dá pra exigir o impossível do funcionário", diz.
Em concordância com Solimeo, Rui Nazarian, presidente do Sindilojas, espera que a Polícia Militar garanta o funcionamento do comércio nesta sexta-feira (30/06).
Na opinião de Nazarian, casos de depredação, como ocorreram na última greve (28/04), podem ser evitados sob a orientação da PM.
"Quando um tumulto se forma, todos os comércios da região devem baixar as portas até que tudo se resolva".
Para a FecomercioSP, não é admissível que mais uma paralisação traga custos às empresas ou dificuldades de deslocamento de trabalhadores.
“No caso específico do setor do comércio, o faturamento diário na capital paulista é de cerca de R$ 500 milhões”, afirma a FecomercioSP em nota.
“Esse é o tamanho da movimentação econômica comprometida pelos impactos negativos causados por esse tipo de manifestação, gerando ainda mais preocupação e insegurança com relação à geração de renda e empregos, por meio do desenvolvimento econômico.”
FOTO: Fátima Fernandes/ Diário do Comércio