O ocaso dos postes

Na cúpula petista, todo o arsenal de agressão usado nessa era que hoje enlameia o país, está sendo usado. Fazer do ataque a melhor defesa, desconstruir quem acusa, acusar a mídia de golpista

Paulo Saab
13/Fev/2015
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O governo Dilma vai de mal a pior.

A gestão Haddad na capital paulista vai de mal a pior.

Os dois postes criados por Lula claudicam. Suas administrações são demagógicas, caóticas, ineficientes e autoritárias.
No bojo disso tudo há um PT raivoso tentando se agarrar desesperado com a onda de denuncias e acusações que o assola, deixando a marca dos dedos arrastados no carpete de sustentação de suas proezas nos gabinetes de luxo do poder dos quais não querem mais se afastar.

O governo Dilma, em CNTP (Condições Normais de Temperatura e Pressão), terá que suportar os mais de mil dias que ainda tem pela frente. A Jovem Pan faz contagem regressiva todo dia no Jornal da Manhã, sobre quantos dias faltam para acabar o seu (dela) governo). Pode ser que se dissolva de podre ou pelas vias constitucionais, onde está previsto o impeachment que para os petistas alienados, seria golpe (dentro da Constituição?). Mas, ainda há o que caminhar.

Na mesma Jovem Pan, o poste Haddad, que termina o mandato no fim do ano que vem, deu entrevista ao vivo na manhã de quinta-feira, 12, tentando agora ocupar espaço e reverter a popularidade baixíssima que o alcaide vive.

Se depender da profusão de desatinos que disse na emissora, ao vivo, e das bobagens infantis que sua gestão comete, reiteradamente, não melhorará nada bem como não se reelegerá, tão pequena é sua visão socialista de mundo, embora seja alto burguês.

Por falar nisso, defendendo a horrorosa pichação que fizeram na cidade, em nome da arte popular, fica uma modesta sugestão: por que não dar aos mesmos artistas a oportunidade pintar sua arte no prédio da prefeitura e no edifício onde mora o prefeito. Não vai ficar lindo? Não será a arte popular chegando à burguesia?

Tudo isto que está acontecendo no país (e agora em São Paulo, onde a gestão é de grêmio acadêmico e não de megalópolis) e que a mídia agora retrata porque a sujeira toda está vazando pelo ladrão (sem sugestão de trocadilho) escrevo desde o início da era Lula. Quem duvida leia minhas colunas de dez anos atrás ou de agora, ou os relatos no livro “Narrativo de um Repórter”, de minha autoria (Vide Editorial), onde eu já apontava o que agora todo mundo aponta. Ou seja, a tremenda enganação que têm sido os governos petistas. Salvo uma ou outra honrosa exceção).

Os postes inventados por Lula vivem seu ocaso. Dilma sem luz se arrastará até onde der o seu mandato previsto para acabar em 2017 e o poste Haddad até o fim do ano que vem.

Enquanto isso, na cúpula petista, todo o arsenal de agressão usado nessa era que hoje enlameia o país, está sendo usado. Fazer do ataque a melhor defesa, desconstruir quem acusa, chamar o adversário para o mesmo fosso, acusar a mídia de golpista, dividir o país em nós e eles, agredir a elite da qual todos eles, petistas, a começar de Lula e família, fazem parte; ofender, esbravejar, levantar os braços, enfim tudo que for possível, esta sendo usado para tentar desviar a atenção e provar que tudo não passa de manobra para desmoralizar o PT e seus governantes. 

O Brasil, finalmente, descobre que não é nada disso, nem precisa disso. Eles próprios se desmoralizam.

Quem não se lembra do “top. top, top” do então ilustre assessor petista e governamental, Marco Aurélio Garcia? Ali já estava desenhado o DNA da ação petista. 

O brasileiro, ao mesmo tempo em que é ignorante em relação à vida política de seu país, embora pague a conta, é condescendente, bonzinho. Tanto que deixou chegar o país no ponto em que se encontra. Só o petismo acha que é armação. Não tem mais para onde correr e o pêndulo da história vai varrê-los em breve da relevância na cena política, pelas vias legais que eles acham que é golpe.

A falta de energia chega também aos postes. 

O ocaso só não vê quem não quer. Repito: vejam a marca dos dedos se arrastando nos carpetes, enquanto a história os puxa para afora. Sem golpes.

E os petistas do bem, por que se calam?

 

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