Bons exemplos na Fazenda

Otavio Gouvêa de Bulhões, Roberto Campos, Delfim Netto, Mário Henrique Simonsen, Pedro Malan...

Aristóteles Drummond
25/Nov/2015
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O Ministério da Fazenda sempre foi respeitado pelos diferentes presidentes. Getulio Vargas deu o exemplo, mantendo por quase 15 anos Artur de Sousa Costa. Este, aliás, foi um brasileiro tão exemplar que o presidente Médici criou por decreto uma pensão para sua viúva, então em dificuldades.

Teve na pasta,por duas vezes. o estadista de sua maior confiança, que foi Oswaldo Aranha. Café Filho contou com o Príncipe de nossos economistas, Eugênio Gudin. JK teve o melhor em pessoas de sua absoluta confiança como José Maria Alkmin e Lucas Lopes. Jango (até ele!) teve Carvalho Pinto, Santhiago Dantas, Walter Moreira Salles. 

A revolução então teve consagrados nomes da economia, como Otavio Gouvêa de Bulhões,Roberto Campos, Delfim Netto, Ernane Galveas, Mário Henrique Simonsen.

O presidente Sarney herdou um bom nome em Francisco Dornelles e fechou seu governo com outro respeitado, Mailson da Nóbrega, mas viu a inflação estourar nas aventuras tucanas e irresponsáveis de Dilson Funaro e Bresser Pereira. Collor corrigiu a leviandade da sra. Chico Anysio com Marcílio Marques Moreira, no último Ministério.

E Itamar foi buscar dois talentos: Eliseu Resende e Fernando Henrique, para o seu plano de estabilização, o Real, que a a canalhice política tenta ocultar ter sido ele o criador.

Os anos PT foram equivocados, apesar da excelente cabeça de Antônio Palocci, que, por duas vezes, perdeu a cadeira por motivos outros – infelizmente para o país. O Sr. Mantega se mostrou um fraco e, finalmente, chegamos à pragmática escolha de Joaquim Levy . 

No entanto, nesta semana de lançamento do livro de FHC sobre seus primeiros anos, é justo se lembrar da felicidade com que contou na Fazenda com o exemplar Pedro Malan, homem correto, estudioso, sereno, austero, sem nenhuma afetação.

Cumpriu com zelo a missão, enfrentando, inclusive, restrições por parte de incorrigível marxista que é o Sr. José Serra. Malan não é figura fácil na mídia; é discreto, voltado a participar de alguns conselhos e de fazer o que mais gosta, que é dar aulas.

Esse petropolitano, de minha geração, merece ser lembrado como referência altamente positiva, prova de que o Brasil dispõe de reservas éticas, morais e cívicas de que pode se valer, em caso de necessidade.

Diria até que Pedro Malan, por tudo que foi e é, seria um presidente da República para unir e salvar nosso país, se todos quisessem fazer dele uma grande nação, como observou Tiradentes.

Uma reserva de fato e de direito, que os estados também possuem, como no caso mineiro na figura do ex-senador, vice-governador e ministro Arlindo Porto.

 

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