A nau da insensatez?
Não foi necessário mais que um dia após a deposição justa do desgoverno petista para começar a baderna nas ruas estimulada pelos que foram abastecidos de forma indevida pelos cofres públicos
No Brasil ou a esquerda governa sendo hegemônica, como tanto tentou o PT, ou ela é a articuladora dos movimentos e manifestações políticas, que chama de sociais e que se baseiam na teoria da imposição do medo e do caos à sociedade.
Não foi necessário mais que um dia após a deposição justa do desgoverno petista para começar a baderna nas ruas do país estimulada pelos que, durante as gestões Lula e Dilma, foram abastecidos de forma indevida pelos cofres públicos.
Agora, sem fontes oficiais, não escondem seu descontentamento de terem sido apeados da mamação na máquina pública, e voltam às ruas para intimidar a população ordeira que exigiu a sua saída do poder.
Só não vê quem não quer. Os partidos de esquerda no país são amantes deles próprios. Enxergam a máquina pública como poder e dinheiro fácil, a ser expropriado.
Pensar na população, no país e em governar de verdade é mero subterfúgio para justificar a implantação de um governo permanente, com submissão da vontade popular falando falsamente em nome desta.
Faz tempo que a máscara da esquerdalha caiu e o petismo junto. Sobram outras agremiações linhas auxiliares, como Psol, Rede, PC do B e outros menos votados, cuja vocação para a desordem aparece de forma acentuada quando são apeados de um poder que utilizavam em favor próprio.
Tal como o PT, o PMDB é inconfiável. O PSDB, na maioria das vezes, tem se mostrado também um partido além de dividido em vaidades, fora da realidade do país. O DEM vem sendo coerente, na oposição, até agora sua volta ao poder, como aliado de Temer. A conferir o que fará.
E o presidente Temer, comprando sapatos na China e desprezando a organização sempre violenta das ações de esquerda nas ruas, parece não ter tomado consciência ainda da gravidade de sua missão enquanto passeia pelo exterior num périplo dispensável pela gravidade do momento nacional.
Caso, por exemplo, no Estado de São Paulo, e em outras unidades da Federação, os governos estaduais, em solo paulista sob a batuta de Geraldo Alckmin, não atuem de forma enérgica e sem medo de patrulhas, inclusive, da mídia festiva que se diz social, o caos virá em breve.
O primeiro passo foi dado. Tirar o PT e seus asseclas do governo federal. O segundo passo, a reorganização séria da casa, passa por mãos nem sempre confiáveis e enquanto os Calheiros e Levandowskys da vida ainda mandarem, o risco de convulsão é enorme.
A população ordeira foi às ruas e derrubou o lulopetismo. As esquerdas agora na oposição vão tentar o mesmo com Temer, mas pela via da violência.
As autoridades não devem ter medo de coberturas que satanizem a PM porque isto faz parte do calendário anual das festividades de esquerda: atacar como possível as forças da sociedade.
E no jornalismo pátrio os focas e iniciantes -mesmo alguns veteranos-, se acham úteis socialmente fazendo o jogo medíocre de não enxergar a polícia como instrumento de defesa da própria população ordeira.
Só a má-fe, as ingenuidades, as imbecilidades, ou todo o conjuntos, justificam atacar a polícia quando esta é atacada e se defende.
Ninguém em sã consciência, algo que falta aos movimentos criminosos, pode pregar a violência policial. Agora, esperar que os policiais sejam atacados e não reajam, é algo estupido. Como é estúpido destacar a reação e não a ação na hora da difusão do fato.
O momento do país segue muito difícil. Parece a nau da insensatez.
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