Varejo perde fôlego

Para economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a aprovação da reforma da Previdência é fundamental para a retomada do crescimento do setor

Instituto Gastão Vidigal
12/Jun/2019
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Varejo perde fôlego

Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril, o volume de vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) apresentou alta de 1,7% sobre o mesmo mês de 2018 (ver tabela abaixo), após sofrer queda mais intensa em março (-4,4%), na mesma base de comparação.

Para o varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, houve elevação de 3,1%. Em 12 meses, o crescimento das vendas alcançou a 1,4% e 3,5%, respectivamente, mostrando estabilidade, no primeiro caso, e desaceleração no segundo, em relação à leitura anterior (1,3% e 3,9%, respectivamente).

Esses resultados são fruto do alto desemprego, do baixo crescimento dos salários e do alto custo do crédito, que minam a confiança do consumidor, deixando as famílias mais cautelosas no consumo, privilegiando itens mais básicos.

Por isso, os únicos segmentos a apresentar crescimento das vendas na comparação interanual foram hiper e supermercados, farmácias e perfumarias e outros artigos de uso pessoal e doméstico, que englobam uma miscelânea de produtos vendidos em lojas de departamento físicas e virtuais. O volume comercializado de veículos foi outro destaque positivo, porém muito abaixo do desempenho observado no passado.

Em síntese, em abril, o varejo segue dando sinais de “perda de fôlego” de seu ritmo de crescimento. Essa parece ser a tendência para o resto do ano, a depender da aprovação da reforma da Previdência, que, além de recuperar a confiança de consumidores e empresários, possibilitará a liberação dos saldos do PIS/PASEP, injetando recursos que poderão ser destinados ao consumo por parte das famílias.

 

IMAGEM: Pixabay

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