Varejo paulistano tem alta de 2,2% nas vendas de 2018

O resultado foi melhor do que o registrado em 2017, quando as vendas cresceram 1,1%. Para Alencar Burti, presidente da ACSP, o desempenho de 2018 confirma a tendência de recuperação do setor

Redação DC
02/Jan/2019
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Varejo paulistano tem alta de 2,2% nas vendas de 2018

O comércio da capital paulista encerra dezembro com crescimento médio de 2,6% no movimento de vendas (à vista e a prazo) na comparação com igual mês de 2017, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

As transações a prazo (3,1%) superaram as vendas à vista (2,1%) em dezembro. “O aquecimento das vendas de ventilador e ar-condicionado, que são bens duráveis com vendas a prazo, ilustra bem esse cenário”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Já no sistema à vista, Burti aponta para a alta das vendas de produtos ligados à estação, como os da moda praia. “De um modo geral, na comparação entre anos, o período foi beneficiado pelos juros baixos e pela injeção de recursos do 13º salário”, explica.

VARIAÇÃO MENSAL

Em relação a novembro deste ano, as vendas em dezembro cresceram 27,8%, percentual que está dentro da média dos últimos três anos (28%).

Segundo Burti, na comparação mensal, o sistema a prazo registrou alta de 0,7%, resultado fraco por influência da Black Friday. “A Black Friday aqueceu as vendas de novembro, agindo como se fosse uma liquidação antes do Natal e tirando um pouco das vendas desta data comemorativa”.

Para ele, a alta do dólar em dezembro foi outro aspecto que enfraqueceu a venda de itens importados, como os eletrônicos.

A elevação das vendas à vista (54,9%) aponta para a melhora do poder aquisitivo dos consumidores. “O ano termina bem para os lojistas que venderam produtos de menor valor”, diz Burti. 

ACUMULADO

No acumulado de 2018, o varejo paulistano registrou alta média de 2,2%, sendo crescimento de 5,9% nas vendas a prazo e queda de 1,5% nas vendas à vista.

“Mesmo diante de um ano atribulado para o comércio – como a paralisação dos caminhoneiros, saída do Brasil da Copa do Mundo, incerteza nas eleições e clima instável na capital paulista – conseguimos fechar o ano com um resultado melhor do que em 2017, que foi de 1,1%”, analisa Burti.

De acordo com ele, o índice aponta para uma tendência de recuperação, que pode ser potencializado com o aumento da confiança dos consumidores e empresários e, assim, alavancar a atividade econômica do País em 2019.

O Balanço de Vendas é elaborado pelo Instituto de Economia da ACSP com base em amostra da Boa Vista Serviços. 

 

IMAGEM: Thinkstock

 

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