Varejo em agosto reforça cenário de perda de fôlego

Alta foi de 0,1%, segundo o IBGE. Porém, com o barateamento do crédito e a liberação do FGTS, as perspectivas podem ser mais favoráveis, dizem os economistas da ACSP

Instituto Gastão Vidigal
10/Out/2019
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Varejo em agosto reforça cenário de perda de fôlego

Os resultados do varejo registrados em agosto parecem reforçar o cenário de perda de fôlego do setor frente ao desempenho melhor do que o esperado em julho. Porém, a fraqueza do consumo está contribuindo para reduzir a inflação a níveis cada vez menores, o que deverá provocar novas reduções da taxa básica de juros (SELIC).

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A análise, dos economistas do Instituto Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), se baseia no resultado das vendas do varejo restrito (não inclui veículos e material de construção), que cresceram 1,3% em agosto ante igual mês do ano passado (ver tabela), e abaixo do que se esperava, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (10/10) pelo IBGE.

O varejo ampliado (que também inclui os segmentos anteriores) mostrou aumento no volume de vendas levemente superior (1,4%), na mesma base de comparação. Em ambos casos, a elevação foi bastante mais fraca do que a registrada na leitura anterior.

Também houve desaceleração em 12 meses, com altas observadas de 1,4% e 3,7%, respectivamente.
Esses resultados se explicariam, pelo menos em parte, pelo fato de que o mês apresentou um dia útil a menos ante 2018, mas também refletem o baixo crescimento dos salários e o elevado nível de desemprego, que deixaram o consumidor mais cauteloso, privilegiando a compra de itens básicos.

Por esse motivo, os segmentos de artigos farmacêuticos, supermercados e artigos de uso pessoal e
doméstico, considerados de primeira necessidade, foram os destaques na comparação anual, enquanto os itens mais associados a compras parceladas, tais como móveis e eletrodomésticos, vestuários e calçados, equipamentos de informática, veículos e material de construção, mostraram recuo.

Em síntese, com o barateamento do crédito, junto à liberação de recursos do FGTS e PIS-PASEP, cria-se a perspectiva de resultados mais favoráveis durante os próximos meses, conforme projetam os economistas da ACSP.

FOTO: Valter Campanato/Agência Brasil

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