Vão destruir o país?

Os asseclas de Lula, ligados a movimentos populares e centrais, custeados com dinheiro público, prometem e já ensaiam com invasões uma escalada de violência que poderá levar a uma convulsão

Paulo Saab
05/Abr/2016
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Eu não sei quanto a você, leitor, mas eu, particularmente, tenho me sentido um idiota diante do festival de sandices que atinge o Brasil. 

Vivemos uma quadra, na opinião até cínica do ministro Marco Aurélio Melo, do STF, alvissareira para o país, em face do pleno funcionamento das instituições.

Em minha muito mais modesta opinião, vivemos um período funesto para a representatividade política existente no país.

Com todo o respeito que um ministro do STF merece, ele poderia também respeitar a população brasileira, ao dizer no programa Roda Viva, da TV Cultura, na segunda à noite, que sua filha havia feito opção pela pobreza ao deixar um famoso escritório de advocacia, para se tornar Desembargadora na Justiça Federal, nomeada por Dilma, e a que estão lhe atribuindo a súbita, irresistível vontade de entender que tudo que diz respeito ao governo petista deve ser apreciado com isenção.

Os asseclas de Lula, ligados a movimentos populares e centrais, custeados com dinheiro público, convocados por este, prometem e já ensaiam com invasões uma escalada de violência no país que poderá levar a uma convulsão.

Irresponsavelmente Lula e Dilma apostaram no “eles” e “nós” e agora querem se dizer vítimas de ações violentas da oposição. O próprio Lula, irremediavelmente despido de qualquer pendor estadista, manda a militância petista ir às ruas no dia da votação do impeachment. Para fazer o que?

O país assiste enojado o governo transformar o Planalto em bunker de defesa partidária do mandato desastroso de Dilma e, também, num balcão de negócios, trocando ministérios, verbas e cargos públicos, por voto contra o impeachment no Congresso Nacional.

Se isto não é crime de responsabilidade, não sei de mais nada. Todos os meus estudos e minha experiência de mais de 40 anos de jornalismo sério foram para o vinagre.

Pelo que tenho sentido nos ambientes que frequento a minha indignação, meu nojo, encontram eco aos milhares, milhões, mas assim como eu, muita gente está descrente dos políticos, das autoridades, das próprias instituições na quadra alvissareira dita por Melo. Alvissareira para quem cara-pálida? (com todo obsequioso respeito).

A opção pela pobreza da filha dele significa salário milionário, mordomias públicas e, aí sim, uma alvissareira carreira. 

A massa brasileira está sofrendo com a inflação, desemprego, desesperança e por alvissareira deve entender alguma nova receita que possa por alguma comida na mesa sem maiores custos. Mas nem isso vê.

Para qualquer lado que se olhe o que se observa é negociata, mentira, hipocrisia, sarcasmo, cinismo, embromação.

É um salve-se como puder para os pegos com a mão na botija, Uma tentativa absurda de inversão de valores onde se abre campanha pelos bandidos contra o juiz que os está levando às barras da justiça. 

O Brasil está de ponta cabeça. Sua elite dirigente e política faz a dança dos sobreviventes pisando na cabeça da população submetida ao arrocho, ao desemprego, à volta da inflação, à desesperança, ao descrédito.

E a turma da “elite de Lula”, vai se arrumando de um modo ou de outro, enquanto no andar de baixo o país pega fogo, não no sentido que os petistas querem, de convulsão social para salvá-los, mas de desestruturação.

Será que eles não acham que, de um modo ou outro, em algum momento, vai arder neles?
Muito mais do que arde agora e eles fingem que não é com eles?

Eu já não tenho ideia do que vai acontecer e para que caminhos ou descaminhos irá o país.

E depois do STF aparelhado, dos presidentes da Câmara e do Senado sob processos, com a presidente da República, com impeachment ou sem impeachment, sem nenhuma condição de governar o país, onde se vai achar uma liderança que consiga obter a confiança dos brasileiros que, como diria o comediante José de Vasconcellos, estão chamando Jesus de Genésio?

Querem aqueles milhões de verde-amarelo em situação de combate?

Quanta irresponsabilidade...

Um “líder” para salvar sua pele não se constrange de destruir ainda mais todo um país. 

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