Revitalizando o Centro de São Paulo
A região é a última no mundo que resiste em promover a sua revitalização. Sem ordem, excelência de aderência às leis e regulamentos e sem aplicação de punições exemplares para infratores não é possível promover a revitalização
Todos os centros das grandes metrópoles do mundo passaram por problemas semelhantes ao Centro de São Paulo. Estão agora vibrantes nas suas atividades fins: negócios, comércio, serviços, turismo, etc., todos na formalidade. Exemplos: Nova Iorque, Buenos Aires, Chicago, Sidnei, Bogotá, etc. E agora podemos incluir também o Rio de Janeiro.
O Rio de Janeiro está num estágio avançado na revitalização do Centro. Há muitas obras recém finalizadas e em andamento. Conseguiram restaurar o orgulho de todos os moradores cariocas.
Por exemplo, o novo Museu do Amanhã, revitalização das Praças Mauá e 15 de Novembro, transformação da região do cais do porto marítimo de lixo em luxo com criação de centros de negócios, turismo e entretenimento, por meio de grandes empreendimentos imobiliários, novos veículos de transporte, demolição do monstrengo do elevado de transporte no Centro com substituição por tuneis, etc. A cidade está limpa, com o apoio da população.
É importante que se faça no Centro de São Paulo o mesmo que foi feito no Rio de Janeiro. As melhorias no Centro de São Paulo servirão para fazer acontecer melhorias semelhantes no restante da cidade, com sempre ocorreram cidades acima citadas.
O Centro de São Paulo é o último no mundo que resiste em promover a sua revitalização. Sem ordem, excelência de aderência às leis e regulamentos e sem aplicação de punições exemplares para infratores não é possível promover a revitalização.
Os três poderes, executivo (Prefeito, sub-prefeitos e executivos chaves), legislativo e judiciário estão omissos quanto às suas responsabilidades no Centro de São Paulo. Todos presenciam diariamente, com a tolerância da sociedade, inúmeros desvios de leis, regulamentos e atitudes de bom relacionamento de comportamento social. Por que essa tolerância? A quem ela beneficia?
Baixa tolerância para desvios é a prática usual na maioria dos 5.571 municípios do Brasil. Foi adotada por todas as grandes cidades do mundo, que vivenciaram caos semelhantes ao centro de São Paulo.
O Centro de São Paulo foi preparado para ser a central de negócios do Brasil e de turismo de São Paulo. É a região com a melhor e mais extensa infraestrutura para negócios no País, com excelência de locomoção pública através de linhas de metrô convergindo para as Praças da Sé e República, idem as linhas de ônibus e de trens urbanos, banda larga funcional, fiação enterrada, museus, parques públicos, etc.
A infraestrutura no centro disponível para negócios, empregos e empresas formais, turismo, locomoção pública, comunicações, etc. está ociosa e prejudicada pelos evidentes abusos continuados de infratores no informal.
O centro sedia a quase totalidade das secretarias e empresas municipais e estaduais, bem como acervos culturais. É hoje o maior polo cultural/turístico do Estado de São Paulo. A transferência destas entidades para o Centro nos últimos 25 anos foi consequência da atuação permanente da Associação Viva o Centro junto ao setor publico.
O centro de São Paulo tem muitos desafios a superar que exigem a atenção de todos. Os problemas no centro estão relatados e documentados pela Associação Viva o Centro. Ela hoje representa os anseios de 55 entidades empresariais, de classe e de profissionais.
A solução para os desafios no centro de São Paulo exige comprometimento dos candidatos a prefeito, do Executivo, Legislativo, Judiciário, e das partes interessadas do mercado formal.
Neste sentido, destacamos os principais desafios no centro de São Paulo identificados pela Associação Viva o Centro. Foi a base e incluído como anexo na sustentação da atual minuta de carta aos candidatos para eleições no Município de São Paulo. Os principais desafios relatados seguem.
1 Concentração de dependentes químicos. Um grande número de dependentes químicos acomoda-se no Centro, principalmente na região da Santa Cecília (“Cracolândia”), Praça da Sé e Luz. Afugenta o comércio, negócios, turismo causando apreensão nas empresas, seus colaboradores, clientes, fornecedores, moradores formais e visitantes.
2. População em situação de rua. O censo da população em situação de rua, realizado pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), revela que existem, no espaço de 4,4 km2, cerca de 9 mil pessoas nos distritos Sé e República – equivalente a 60% do total dos sem teto no município. Esse fato gera uma situação extremamente problemática para todos, inclusive para a saúde pública.
3. Ocupação irregular de edifícios. Há grande número de edifícios degradados ocupados de forma irregular na região central de São Paulo. Causam insegurança, transtornos e prejuízos para todos.
4. Comércio informal (camelôs e feiras do rolo). O comércio ambulante irregular constitui um problema crônico da região central. A Operação Delegada (convênio da Prefeitura com a Polícia Militar) se mostrou insuficiente para o controle do comércio informal e segurança das pessoas que residem ou visitam a região.
5. Distribuição de alimentos gratuitos no espaço público. A distribuição de alimentos para moradores de rua é prática comum no centro de São Paulo. Diversas instituições vêm das mais diversas regiões da cidade distribuir comida no Centro. A Prefeitura dá apoios, inclusive financeiros.
Os atuais problemas no centro de São de Paulo são sanáveis. É preciso que as atuais entidades ligadas ao centro de São Paulo demonstrem mais a sua insatisfação e façam pleitos de correções. Os nossos pleitos precisam ser públicos, divulgados nos meios de comunicações, e discutidos durante o processo eleitoral para Prefeito de São Paulo.
O Centro de São Paulo foi feito para uma multiplicidade de atividades: negócios, turismo, entretenimento e ações econômicas. Precisamos dar um basta para os atuais desvios praticados no Centro de São Paulo! Queremos resgatar o orgulho desta nossa cidade, que um dia no passado foi chamada de ‘locomotiva do Brasil’!