Para debelar a crise (II)

Antigo diagnóstico permanece plenamente válido quando se trata de moralizar os costumes na esfera federal

Paulo Saab
02/Fev/2015
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Em março de 2013 ofereci o texto que agora reproduzo como colaboração para a presidente tentar salvar seu governo e o país. De lá para cá tudo piorou. Ela venceu apertada a reeleição, mudou a equipe econômica, mas surgiu o escândalo Petrolão – nunca o mundo viu nada igual, estarrecido -  e a restante até piorou.

O Brasil segue sendo o laboratório de descalabros onde os cientistas malucos e/ou mal intencionados do PT e aderentes usam a população brasileira como cobaia.
 
E o governo, e o país, vão de mal a pior com as crises de energia, hídrica, política e de falta de caráter. As eleições para as mesas no Senado e Câmara mostraram que o governo petista continua querendo mandar em tudo. Perdeu na Câmara. Pode ser o começo do fim da era fantasia.

“A título de colaboração, sem nenhum outro interesse que não ajudar o país, ofereço abaixo uma singela lista de atitudes que a “presidenta” pode tomar com urgência e que permitiria sinalizar de forma efetiva aos brasileiros que ela tem mesmo o desejo de ser uma boa presidente e não uma marionete política.

-Reduzir os ministérios pela metade a partir do critério do interesse público e não partidário/eleitoral.

-Eliminar com dispensa imediata dos cargos pelo menos 50% dos contratados sem concurso público, em comissão, usando critérios de competência e não interesses partidário-eleitorais.

-Reduzir imediatamente os gastos com mordomias, viagens, cabeleireiros e maquiadores, bem como assessores contratados sem necessidade para o funcionamento da República.

-Fechar e vender próprios públicos de representação de órgãos de governo em estados, cidades e mesmo exterior, onde não haja interesse público evidente.

-Estabelecer regras obrigando ministros e funcionários do alto escalão do governo a morar em Brasília, pagando aluguel do próprio bolso, durante o período em que servirem ao governo.

-Eliminar a possibilidade de ministros, funcionários graduados e apaniguados, bem como familiares e amigos, de utilizar, mesmo de carona, aviões do governo, da FAB, a qualquer título, sem autorização expressa da presidente da República, publicada no Diário Oficial, com justificativa.

-Proibir senadores, deputados, assessores, amigos, namorados e namoradas, familiares, apaniguados, de utilizar aviões da República, em qualquer circunstância, devendo os mesmos utilizar aviões de carreira. Em caso oficial, viajar com autorização expressa da presidente da República, publicada no Diário Oficial, com justificativa.

-Reduzir em pelo menos 50% o número de funcionários públicos contratados ou nomeados por indicação política ou mesmo concursos para funções que não possam ser substituídas por secretárias eficientes.

-Trabalhar todos os dias, pelo menos, das 8 da manhã às 8 da noite, dando exemplo a todos os servidores, do primeiro ao último escalão, sem despesas aos cofres públicos com mordomias e transportes cercados de seguranças e assessores dispensáveis.

-Não tirar férias, descansos, em feriados ou meses de férias, em locais públicos que representem despesas de transporte, hospedagem, alimentação, segurança, para membros da comitiva e convidados.

-Não realizar festas, recepções, jantares, homenagens, a não ser em caso de evidente interesse público, à custa do erário para satisfazer interesses pessoais, políticos, eleitorais.

-Eliminar sumariamente as verbas destinadas a “comprar” base de apoio no Congresso Nacional, em entidades estudantis, trabalhadoras, com o objetivo de “cooptar” apoio para os interesses do governo.

-Tornar públicos, transparentes e justificados, todos os gastos, sem exceção, realizados com dinheiro público e cartões corporativos também do governo usados de forma secreta por ministros, diretores, secretários, secretárias, chefes, chefetes, assessores de assessores e assistentes.

-Acionar os mecanismos da República para processar e pôr na cadeia qualquer um ou uma que praticar ou favorecer atos de privilégios, corrupção, malversação do dinheiro público, “duela a quen duela”.

-Parar de propor ações, factoides, cortinas de fumaça, destinadas a desviar a atenção da população revoltada com o grau de ineficiência e corrupção do mundo oficial brasileiro.

-Governar para o país e não para garantir a reeleição da “presidenta” (pobre Brasil) ou a volta de Lula. (Dilma reeleita).

-Governar para todos e não somente para fazer eleitores cativos dependentes das esmolas do governo, com dinheiro arrancado via impostos escorchantes dos que hoje estão abandonados e de fato produzem e sustentam o país.

-Demitir imediatamente a equipe econômica e colocar no lugar quem entenda de economia e estanque a volta acelerada da inflação como vem sendo atualmente (equipe trocada, mas Dilma segue a mesma).

-Assumir que a população possa ter opinião própria e que ela é a dona do país, não quem está no governo temporariamente e quer se eternizar.
Tem muito mais, mas, para começar, parece ser uma carta de boa intenção.”

CQD.

 

 

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