O direito de pensar e opinar é sagrado
A vitória eleitoral do conservadorismo democrático com a eleição do presidente Bolsonaro provocou o ressurgimento espontâneo de entidades que estavam atuando de maneira muito discreta
O pluralismo, enfim, chegou a militâncias políticas no Brasil. Não só pelas redes sociais, mas pela presença de entidades representativas de importantes segmentos da sociedade, até então sem voz.
Com a redemocratização promovida pelo presidente João Figueiredo, os setores mais à esquerda passaram a atuar através de entidades corporativas reunidas na CUT, MST, quilombolas, culminando com o Foro de São Paulo, de âmbito continental, berço do bolivarianismo instalado na Venezuela, Bolívia e Nicarágua. Os segmentos do chamado centro democrático estão reagindo de forma tímida e mais voltada para uma elite cultural e empresarial, como os institutos Mises, Atlântico e Liberal, entre outros.
A vitória eleitoral do conservadorismo democrático com a eleição do presidente Bolsonaro provocou o ressurgimento espontâneo de entidades que estavam atuando de maneira muito discreta, sem espaços para transmitir o pensamento liberal, conservador e mais voltado para questões como o interesse e a segurança nacional, a ordem pública, o progresso e os valores tradicionais de nossa formação cristã, valorizando o patriotismo, os símbolos nacionais, a ética e a família.
Entidades tradicionais, como as associações de ex-alunos do Colégio Militar, do Colégio Pedro II, dos oficiais da reserva R2, a ADESG nacional e as regionais, estão sendo revigoradas. A Academia Brasileira da Defesa, sediada no Rio de Janeiro, é outra entidade que vem sendo revitalizada, reunindo um seleto grupo de brasileiros estudiosos dos problemas nacionais, por vezes contribuindo com a larga experiência de muitos de seus membros, professores, oficiais generais de reserva remunerada, líderes de classe.
Na comunicação, as redes sociais abrigam blogs e páginas que estão ativos no debate dos temas da atualidade, oferecendo o pluralismo democrático de que carecíamos. O “politicamente correto” imposto pelas esquerdas em quase todos os assuntos vem sendo contestado e abrindo espaços para que a sociedade possa estar mais presente com a tradição de equilíbrio e bom senso majoritários em nossa cultura e história desde sempre.
O meio militar vive, por outro lado, um momento de reparação e reconhecimento. O presidente Bolsonaro esteve presente nas principais formaturas militares este ano, como AMAN, Escola de Comando e Estado Maior do Exército, tradição de décadas anteriores ao movimento de 64. O mesmo se deu em relação à solenidade que reverencia os militares mortos na Intentona Comunista de 1935, no Rio, Recife e Natal, cancelada no governo FHC. Curioso é que até o presidente João Goulart, que governou muito próximo dos comunistas, comparecia à solenidade.
Democracia para valer tem de ser assim. Espaço para todos, respeito aos valores de segmentos da sociedade, sempre com ordem. Afinal, o que todos querem – pelo menos espera-se que seja comum a todos – é o bem do Brasil!
**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do Diário do Comércio