Mistérios sendo revelados

A democracia efetiva das redes sociais propiciando acesso à informação e aos comentários de todas as camadas da população, atropelou os mecanismos de dominação

Paulo Saab
21/Jul/2020
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Nas campanhas das eleições presidenciais onde, após FHC, Serra, Alckmin e Aécio perderam para os petistas Lula e Dilma, muita agente, ingenuamente (me incluo apesar dos 40 anos de experiência no jornalismo político) se perguntava:

1- Por que Fernando Henrique Cardoso não participa, não se mostra, não aparece no horário eleitoral?

2- Por que Serra, Alckmin e depois Aécio, não denunciavam, batiam, nos seus adversários, muitas vezes expostos e nas cordas?

3- Por que os candidatos do PSDB não atacavam os pontos fracos de seus adversários, notadamente a corrupção

4- Por que as campanhas do PSDB eram mornas, burocráticas e se sujeitavam ao silêncio sobre os desmandos já então sendo revelados, do lulopetismo?

Como repetiu uma vez Collor, o tempo é o senhor da razão, e hoje, escancara ao Brasil o que de fato havia: o grande conluio de dominação do Estado brasileiro, da informação, dos fatos, das ações, estava em plena vigência e incluía um acordo, tácito ou não, entre as duas agremiações e seus partidos-satélites de apoio e divisão do butim.

Estarrecido, pode-se dizer, o povo brasileiro (a camada que pensa, discerne, entende e tem comportamento honesto, felizmente, a maioria ainda) hoje, graças à disseminação das redes sociais, graças também ao fim do privilégio da informação restrita (informação é poder se dizia) enxerga com clareza a resposta para as perguntas acima e outras, delas decorrentes ou afins.

Jânio Quadros dizia, em eras já priscas, sobre os partidos de então, “Arena, do governo, e MDB, de oposição, são farinha do mesmo saco. Apenas os da Arena chegaram na frente ao poder”.

Assiste-se hoje, como a teia de conluio de interesses desses partidos e seus financiadores (agora disfarçam com financiamento público) dominou os mecanismos de poder no pais, as famosas instituições, juntando os poderes que deveriam ser independentes e harmônicos entre si, mas passaram a ser cúmplices, corporativos e protetores um do outro na dominação imposta sobre o país, com a subserviente adesão da imprensa (mídia) regada a bilionárias verbas de publicidade do dinheiro público.

Os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, ficaram tão interligados em interesses inconfessáveis, que a ruptura dessa aliança maldita, com a eleição de um “outsider” como Bolsonaro, em um ano e meio, deixou todos os manipuladores dos botões de controle do sistema, notadamente os presidentes do STF, Câmara e Senado, nus perante a Nação.

Seguem assim até agora. Um executivo não corrupto por definição e que, de fato, combate quem age de forma irregular, tornou-se um incomodo a ser derrubado pela somatória dos meios perdidos pelo Legislativo, Judiciário e mídia, de manter o controle sobre o país, notadamente, os cofres públicos.

Como o Executivo atual está desmanchando a teia de conluio montada com a ação intensa do PT, PSDB (e satélites hoje também querendo mais) e os ainda chamados veículos de comunicação de massa, tornou-se, repito, o alvo a ser abatido para a volta do “statu quo.”

Legislativo protege Judiciário. Judiciário protege Legislativo. E todos atacam o Executivo.

As respostas estão dadas. A democracia efetiva das redes sociais propiciando acesso à informação e aos comentários de todas as camadas da população, atropelou os mecanismos de dominação. Por isso querem agora uma lei de censura às redes, chamada de “lei das fake News” (notícias falsas).

Esse conluio nefasto imposto à nação e que se esvazia a cada dia, apesar da violência do combate contra quem o está - em nome da maioria da população honesta do país - desmontando, apresenta também paradoxo para os “estrategistas” do caos procurado. A população hoje vê, sabe, opina e participa. Por isso, não percebem que cavam a cada dia ainda mais o buraco de onde não sairão, e indo além, reforçam a crença, credibilidade, apoio, dos brasileiros de bem, ao destemido presidente eleito para desvendar e acabar com tudo isso.

Bolsonaro apanha, apanha, apanha, mas essas sim, são fake news, porque a guerra de verdade é contra o conluio dos privilegiados (sabe com quem está falando?) e segue popular e apoiado pelas massas.

Bolsonaro é o inimigo jurado de morte (já tentaram) do conluio, sistema, esquema, chamem como quiser, de dominação da vontade e do caixa do povo brasileiro, e que, vai a cada dia se esvaindo, nas respostas que surgem.

Cercados em Brasília, em seus bunkers, os membros desse conluio, e nem preciso citar nomes, perderam a sensibilidade de perceber que o tsunami de vontade de consertar o país, é irreversível e vem das ruas. Estão literalmente cercados, e a cada ação que tomam, mais se expõem para um Brasil desejoso de justiça e leis de verdade.

É só questão de tempo.

 

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do Diário do Comércio

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