Metas democráticas para o Brasil (2019-2022)
Investidores, empregos e empresas vão para onde há melhores ambientes de trabalho, qualidade de vida, segurança, estabilidade de regras, e impostos moderados ou baixos. A tendência mundial é reduzir o Estado
Objetivando o início das discussões, seguem seis metas para discussão em 2018 pelos políticos e sociedade, consideradas essenciais para o novo governo para o período de 2019 a 2022.
Voltaremos a crescer de forma sustentável como já fizeram EUA, Alemanha, Japão, Coreia e o Brasil e, há mais de três décadas, a China.
Crescer só depende de ter no poder um líder visionário competente, determinado e honesto.
Foi assim nas gestões de Juscelino Kubitscheck (1956-1960), Humberto Castelo Branco (1964 a 1967), Emilio Garrastazu Médici (1969 a 1974) e Ernesto Geisel, a seguir por dois anos.
JK fez acontecer a visão através de 30 metas públicas aprovadas pelo Congresso. Na gestão de JK, Castelo Branco, Médici e parte da gestão Geisel, faltava mão de obra. Era o país mais admirado e disputado pelo mundo para trabalhar.
Sem os acima citados, estaríamos mais atrasados. Tivemos nas últimas três décadas governos que, segundo se noticia, corruptos e ou incompetentes.
*Adicionar pelo menos 50 milhões de empregos adicionais remunerados no Brasil. Hoje temos só 38,3 milhões de indivíduos empregados com carteira de trabalho.
Segundo o IBGE há 149,1 milhões de pessoas acima de 19 anos e abaixo de 65 anos. Segundo dados recentes,10,7 milhões de indivíduos trabalham na informalidade e 22,5 milhões são autônomos. 71,5 milhões estão na ativa para sustentar 210 milhões de brasileiros. E o restante de 77.6 milhões na idade de trabalharem ficam ociosos?
O nível oficial de desemprego, segundo o IBGE, é de 13%. É um engodo. Quem não procura empregos de forma documentada há mais de 1 mês não é computado na força de trabalho. Milhões de jovens brasileiros talentosos já saíram ou estão saindo do País para trabalhar no exterior.
*Como criar mais de 50 milhões de empregos necessários permanentes? Voltando a trabalhar com o mínimo essencial de interferências regulatórias. Por exemplo, instituir ensino obrigatório para todos, integrados e inclusivos, do infantil até o colegial, em tempo integral, com boas instalações.
É assim em todos os países de origem britânica, japonesa e chinesa, maioria gratuitos. Exigir que pelo menos 50% dos cursos de faculdades sejam em tempo integral com boas instalações.
Os professores dos cursos infantis precisam ser os mais qualificados e ficar no topo da pirâmide de remunerações.
Vão influenciar desde o berço educação de qualidade. Os pais serão positivamente influenciados, e serão grandes apoiadores. Isto implica em dobrar as instalações de ensino no Brasil em quatro anos.
Também dobrar a malha ferroviária, hídrica, aeroviária, e portuária. Aumentar a matriz de saúde, habitação, energética e rodoviária em mais de 25%.
*Redução da carga tributária do Brasil sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 35% para 25% dentro de quatro anos.
Como? Acabando com as gorduras que paralisam o Estado e com os excessos de mordomias, maioria introduzida a partir de 1994.
As cargas tributárias sobre os PIBs vêm crescendo. Na gestão JK era 17%; na gestão Sarney, de 24%. As gestões de FHC de 27% para 32%, e na gestões Lula e Dilma de 32% a 35% -sempre com déficits e crescimento de nosso dividas.
Na média, a carga tributária da maioria dos países é abaixo de 25%. Em muitos países a carga tributária sobre o PIB é inferior a 15%.
A carga tributária do governo federal do Brasil é de 26%, sem incluir déficits anuais. Fora do Brasil os impostos são poucos, justos, e fáceis de serem calculados e recolhidos.
Aqui é quase todo consumido em folha de pagamentos, aposentadorias milionárias para poucos, mordomias e privilégios nos três poderes e juros elevados.
A alta carga tributária, excesso de burocracia e exigências da Receita Federal do Brasil (RFB) junto a todos os contribuintes, principalmente empresas, está efetivamente inibindo novas empresas, empregos e produção.
*Implantar as normas internacionais de prestação de contas para o setor público (IPSAS) imediatamente
As atuais prestações de contas dos setores públicos são inúteis. Adotam o regime de caixa, ignorando as suas obrigações de longo prazo. No setor publico não há divulgações dos passivos nem dos ativos dos governos federal, estaduais e municipais.
É impossível evitar corrupção sem prestação de contas compreensíveis, obedecendo ao regime de competência. Todas as normas contábeis (IPSAS) estão prontas e aprovadas pelos órgãos técnicos e pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC.
Não há previsão de data de implantação das normas internacionais de prestação de contas do setor publico.
*Reescrever a Constituição do Brasil de 1988.
A atual Constituição tem 61.920 palavras. Está repleta de direitos e tem poucas obrigações. Está ausente na Constituição a definição de nossos princípios e valores éticos dos quais a sociedade brasileira não pode ou não deveria abrir mão.
Quase todos os políticos flagrados nas operações “Mensalão” e “Lava Jatos”, e respectivos advogados de defesa e poder judiciário, se julgam 100% éticos.
Na ausência de definições de conduta ética todos se julgam éticos. Formalismos legais no judiciário continuam mais importantes que a sua essência/substancia.
*Enxugar as leis trabalhistas e acabar com os Fóruns Trabalhistas.
O Brasil tem mais processos trabalhistas em aberto do que toda a Ásia e Europa juntas. Só com redução drástica de leis, regulamentos, e burocratas, teremos mais empregos, produção, riquezas e remuneração satisfatória. Fóruns trabalhistas não existem em países desenvolvidos. São tratados nos Fóruns normais.
*Fazer o Brasil novamente competitivo e atrativo.
Investidores, empregos e empresas vão para onde há melhor ambiente de trabalho, vida, segurança, estabilidade de regras, e impostos moderados ou baixos. A tendência mundial é reduzir o Estado.
O governo dos Estados Unidos está compromissado para reduzir o imposto de renda das empresas de 35% para 15%. Os impostos na Europa já caíram drasticamente. No Brasil temos poucas transações, excesso de burocracia, impostos, leis e regulamentações.
*As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do Diário do Comércio