Interior paulista se destaca em ranking de competitividade

Barueri, Jundiaí, Campinas e Indaiatuba são algumas das cidades com bons indicadores de qualidade e acesso à saúde e educação, inserção econômica, sustentabilidade fiscal e funcionamento da máquina pública

Mariana Missiaggia
30/Nov/2020
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Interior paulista se destaca em ranking de competitividade

O interior de São Paulo é destaque entre as principais regiões do país quando o assunto é negócios. Das 20 primeiras colocadas no Ranking Nacional de Cidades mais Competitivas do Brasil, dez pertencem ao interior paulista. São elas: Barueri, Campinas, Indaiatuba, São João da Boa Vista, Jundiaí, Santana de Parnaíba, São Carlos, Paulínia, São José dos Campos e Votuporanga.

Divulgada recentemente, a pesquisa realizada pelo CLP (Centro de Liderança Pública) em parceria com a startup Gove e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), levou em consideração 405 cidades do país com mais de 80 mil habitantes. São considerados 55 indicadores, como taxas de investimento, sustentabilidade fiscal, funcionamento da máquina pública, qualidade e acesso à saúde e educação, segurança, saneamento e meio ambiente e inserção econômica.

Os itens foram organizados em três dimensões: Instituições, Sociedade e Economia, e também geraram ranking específicos.

Quem lidera o ranking geral é Barueri. Quinto Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo e com 262 mil habitantes, Barueri está entre as economias mais desenvolvidas da Região Oeste. Dados mais recentes do IBGE apontam que o município somou PIB de R$ 47,5 bilhões e está atrás somente da capital, Osasco, Campinas e Guarulhos no Estado.

O levantamento mostra que Barueri conquistou a primeira posição por conta de seu destaque na dimensão econômica (segundo lugar), que analisa a capacidade de uma região em produzir bens e serviços, gerar emprego e renda, possuir uma economia inovadora, entre outras.

Com destaque positivo para os pilares de inovação e dinamismo e inserção econômica, o município tem no item de capital humano (176º colocação) a grande oportunidade de melhoria da competitividade local sob a ótica econômica.

As posições medianas nas dimensões Institucional e Social (36 e 23º lugar, respectivamente) também ajudaram o município a angariar um bom resultado no ranking.

Barueri também assume a segunda posição nos indicadores de dependência fiscal, taxa de investimento e despesa com pessoal (13º, 18º e 19º lugar, respectivamente). Por outro lado, apresenta desempenho relativo desfavorável no indicador de endividamento (132º colocação).

Realizado pela primeira vez, o ranking tem como objetivo principal o entendimento mais profundo para nortear a sociedade sobre a atuação dos gestores públicos locais, bem como promover um direcionamento mais assertivo sobre as reais prioridades para os governantes e valorizar casos de sucesso.

Além disso, a partir dos dados é possível obter um amplo mapeamento dos fatores de competitividade e de fragilidade de cada cidade.

Duas cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) — Campinas e Indaiatuba — também figuram entre as dez mais competitivas do Brasil.

Na avaliação geral, Campinas recebeu nota 59,32 e Indaiatuba, 59,20. Campinas se saiu melhor na dimensão econômica, ocupando a 10º posição com nota 44,62, ante o 43º lugar de Indaiatuba, que contabilizou nota 36,87.

Distante 60 quilômetros da capital, Jundiaí aparece como a 13º cidade mais competitiva do País. Na região Sudeste, ela é a terceira cidade mais competitiva, atrás somente de Vitória e Santos.

No total, o Município fez 58,60 pontos. Os primeiros três colocados, Barueri, São Caetano do Sul e São Paulo pontuaram entre 62 e 64 pontos. Jundiaí ficou à frente de capitais, como Recife e Rio e Janeiro, e de grandes municípios do interior, como Sorocaba e Piracicaba.

Embora ocupe a 18º posição no ranking geral, Paulínia, por sua vez, lidera com nota máxima o indicador referente ao produto interno bruto (PIB) per capita do pilar inovação e dinamismo econômico na dimensão econômica. E está na 3º posição do indicador renda mínima do trabalho formal, com nota 71,15.

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