Governo de São Paulo espera superávit de R$ 1,5 bi em 2016

A avaliação da equipe econômica do governador Geraldo Alckmin é que o estado fez a lição de casa para adequar as despesas à queda de receitas

Estadão Conteúdo
29/Dez/2016
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Governo de São Paulo espera superávit de R$ 1,5 bi em 2016

O governo do Estado de São Paulo está fazendo o trabalho de ajuste e contenção de despesas no contexto da crise econômica que o País vive e isso permitirá atingir um superávit primário de R$ 1,5 bilhão neste ano, afirmou Helcio Tokeshi, secretário estadual da Fazenda. 

"São Paulo já vinha fazendo um trabalho de ajuste relevante que permitiu que atravesse esse período muito difícil com tranquilidade, salários pagos, investimentos mantidos e com superávit primário todo ano", disse Tokeshi.

Para o secretário, caberá ao governo federal determinar as novas regras de negociação com os Estados que passam por dificuldades financeiras, respeitando suas condições específicas.

Na avaliação de Tokeshi, a questão envolvendo as contrapartidas que os Estados deveriam adotar para receber ajuda federal passou “um pouco ao largo" de São Paulo, que, segundo ele, já atuava para adequar as despesas à queda de receitas provocadas pela retração do nível de atividade. 

"Foi feito com pessoal, não houve aumento para os funcionários do Estado nos últimos 3 anos. Priorizamos os investimentos nas obras que já estavam em andamento", afirmou. 

Ele também apontou que houve o acompanhamento diário de contratos de serviços terceirizados e compras de materiais de escritório. 

O secretário apontou que o primário de 2016 será inferior ao do ano passado devido à recessão. Em 2015, alcançou R$ 5,062 bilhões. Para 2017, a meta será um saldo positivo do Orçamento de São Paulo de R$ 217 milhões. 

Essa estimativa de execução considera que o Produto Interno Bruto (PIB) do País será zero no próximo ano. O BC projeta uma alta de 0,8% para o PIB e o Ministério da Fazenda uma elevação de 1,0% em 2017.

Para o secretário da Fazenda, no contexto nacional de necessidade de ajuste fiscal, cada ente da federação deveria contribuir para que tal objetivo seja alcançado. 

Segundo Tokeshi, o Poder Executivo federal tem prerrogativa de estabelecer elementos das negociações com os Estados com dificuldades num processo que deverá contar com a participação dos governadores. 

"Envolve também uma discussão complexa sobre essa diversidade de realidades e como conseguir adotar regras que levem em conta essa diversidade de situações e condições dos diferentes estados", destacou.

IMAGEM: Agência Brasil

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