Alckmin: há expectativa de R$ 16 bi em resultados financeiros no varejo

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que há uma expectativa de R$ 16 bilhões de movimentação financeira no setor varejista. A declaração foi dada em coletiva após a abertura da Apas Show 2025 nesta segunda-feira, 12/5, evento do setor supermercadista.

Durante a fala, o pessebista destacou fatores que podem representar benefícios para o segmento, que cresceu 6,5%, segundo ele. "A nova lei do Imposto de Renda (IR), isentando rendas até R$ 5 mil e beneficiando quem ganha até R$ 7 mil, vai melhorar o poder de compra e o consumo. É importante promover justiça tributária para estimular um Brasil mais produtivo", disse Alckmin.

O presidente em exercício ainda salientou alguns pontos da reforma tributária e a criação da Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD). "A depreciação acelerada é outra medida relevante. Hoje, a compra de máquinas e equipamentos é depreciada em até 15 anos; com a nova regra, pode ser em dois anos. Isso ajuda a modernizar o setor varejista, que presta serviços essenciais à população", afirmou.

Acordo China-EUA

Alckmin também elogiou o acordo de redução temporária de tarifas entre China e os Estados Unidos. "Muito bom que haja um entendimento entre os dois maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do mundo... O governo do presidente Lula defende o multilateralismo e o livre comércio", afirmou.

No domingo, os dois países retomaram, em Genebra, a segunda e última rodada de negociações tarifárias. Ambos selaram um acordo para reduzir temporariamente as tarifas recíprocas em mais de 115%.

"O comércio exterior beneficia a todos. Nós precisamos fortalecer a Organização Mundial do Comércio (OMC) para poder ter regras do comércio exterior", continuou Alckmin. "Facilitar o comércio exterior significa mais emprego e renda. Se sou mais eficiente em um setor, vendo para outro país. Se ele for mais eficiente em outra área, compro dele. Todos ganham."

Inflação

O presidente em exercício ainda afirmou, no evento da Apas, que houve uma melhora no "clima" em relação aos fatores que influenciam a inflação do país. "O clima até agora está ótimo, nós devemos ter uma supersafra, e o dólar caiu de R$ 6,20 para R$ 5,70", disse.

De acordo com ele, o aumento nos preços dos alimentos se deu por conta de uma seca que derrubou as safras e o disparo do dólar. Alckmin destacou a influência da moeda norte-americana, que possui efeito imediato segundo ele.

"O que espero é que da mesma maneira que a (taxa) Selic subiu, ela também caia fortemente, porque ela limita a atividade econômica. E ela tem um efeito duríssimo na dívida pública, porque 48% da dívida pública é selicada", continuou o presidente em exercício. "Os dois cenários (safra e dólar) mudaram."

IMAGEM: Cadu Gomes/VPR