Geração de empregos

O Brasil é grande demais para sofrer o que vem sofrendo povos amigos, como os cubanos e venezuelanos

Aristóteles Drummond
08/Fev/2017
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Em todo o mundo, a legislação gerada pela demagogia no setor trabalhista inibe o emprego e alimenta um mercado marginal, marcado por condições verdadeiramente desumanas. E no Brasil são conhecidas a exploração de imigrantes bolivianos e peruanos, entre outros.

Os programas sociais sem controle e montados em interesses eleitorais praticamente tornaram impossível a pequena e média empresa no Norte e Nordeste do Brasil. Muitos preferem o biscate a perder a mesada do governo e o empresário, que é um trabalhador também, recua com medo da lei.

Precisamos repensar um Brasil que paga à família de um criminoso preso mais do que um salário mínimo, que paga a Cuba por um médico explorado o que não paga a um brasileiro. Onde o setor público paga melhor do que o privado e, nas camadas mais elevadas dos três poderes, os salários estão entre os mais altos do mundo.

O corporativismo barra a oxigenação dos quadros de maior responsabilidade, agarrados aos privilégios e favorecidos pela impunidade.

A reforma que a sociedade pede é mais profunda do que a mera satisfação de ver alguns poderosos presos. 
Estes já estão pagando, e devolvendo. Mas os delitos não podem se repetir. No entanto, tem muito aproveitador em posições de mando e prestígio, cujas citações nominais não bastam para o natural e salutar afastamento de suas funções.

Vamos pensar maior e tratar de apressar o que está em andamento e criar uma legislação que barre o acesso à função pública de quem não tem méritos morais para tal. Em todos os poderes, incluindo estados e municípios.

Na verdade, neste mundo de tanta competição, em que todos querem melhorar a qualidade de vida da população de cada país, a busca de atrativos é uma batalha inevitável. Não adianta tentar criar uma ilha imaginária e procurar ser diferente. 

No início da crise econômica mundial, em 2008, o então presidente Lula fez pouco caso das consequências da crise para o Brasil, afirmando que tudo não passava “de uma marolinha”. E estamos aí, em recessão e com 12 milhões de desempregados.

A falta de coragem, de patriotismo mesmo, faz retardar as medidas naturalmente duras que o momento exige para competir e melhorar. O Brasil é grande demais para sofrer o que vem sofrendo povos amigos, como os cubanos e venezuelanos. Entregues a regimes fortes, com racionamento de tudo e uma minoria a levar uma vida boa. 

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