Estudo indica mais um ano de baixo crescimento para o Brasil

Economistas da Coface preveem que a economia global seguirá sentindo efeitos da inflação e do coronavírus e suas variantes

Redação DC
17/Fev/2022
  • btn-whatsapp
Estudo indica mais um ano de baixo crescimento para o Brasil

À espera de uma recuperação, a economia brasileira ainda tem desafios difíceis de serem superados. A inflação e a possibilidade do surgimento de outras variantes do coronavírus seguirão interferindo nos números, de acordo com estudo "Barômetro de Risco-País e Setorial 2022" feito pela Companhia Francesa de Seguros de Comércio Exterior (Coface), que considera dados econômicos de mais de 100 países.

Responsável pelo material, Patrícia Krause, economista da instituição, indica a continuidade da lentidão do crescimento da economia global. A previsão da Coface é um avanço de 4,1% da economia mundial em 2022, depois de uma expansão de 5,5% em 2021 e retração de 3,4% em 2020.

Patrícia explica que após dois anos de pandemia e a calmaria do terceiro trimestre de 2021, a variante Ômicron do coronavírus trouxe um cenário de imprevisibilidade que afetam a recuperação.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o estudo da instituição francesa pontua certa estabilidade este ano, após ter crescido 4,7% em 2021 e caído 4,1% em 2020. O Barômetro da Coface prevê que a inflação fique na casa de 10% no Brasil este ano.

A inflação deverá ser elevada também nas economias mais ricas, chegando próximo dos 8% nos Estados Unidos e perto de 6% na zona do euro, segundo a Coface. A inflação, segundo Patrícia, será uma preocupação fundamental para todas as economias em 2022 à medida que a recuperação dos preços das commodities continua.

Para o corpo de analistas da Coface, um dos maiores impactos da inflação alta será sobre a política monetária dos Estados Unidos, já que o Federal Reserve (banco central norte-americano) divulgou que irá elevar a taxa de juros.

"A inflação segue sendo impulsionada pelos preços dos produtos manufaturados em muitas economias. Nos Estados Unidos, os problemas com a oferta amortecem o ímpeto de recuperação", diz. "Na Europa, as interrupções nas cadeias de suprimentos, combinadas com uma forte demanda, elevam os preços aos produtores e tornam a energia mais cara".

O material descreve ainda que esses efeitos terão maior impacto nos países emergentes, nos quais as "condições financeiras mais precárias, somadas à desaceleração da economia global, vão criar um coquetel perigoso para essas economias".

 

IMAGEM: Pixabay

O Diário do Comércio permite a cópia e republicação deste conteúdo acompanhado do link original desta página.
Para mais detalhes, nosso contato é [email protected] .

Store in Store

Carga Pesada

Vídeos

Conversamos com Thaís Carballal, da Mooui, às vésperas da abertura de sua primeira loja física

Conversamos com Thaís Carballal, da Mooui, às vésperas da abertura de sua primeira loja física

Entenda a importância de planejar a sucessão na empresa

Especialistas projetam cenários para o pós-eleições municipais