"Elles não estão entendendo nada."
Enquanto o Descobrimento do Brasil completa 515 anos, o Partido do Autismo, nome que o PT deveria receber, prossegue em suas impatrióticas sandices
Aproprio-me da frase de um dos organizadores do movimento “Vem pra rua”, se não me engano, para me referir ao PT. Deveria mudar para PA. Partido Autista.
Fechado em si mesmo, voltado para si mesmo, descolou-se da realidade da maioria da população brasileira, que acima dos 60 por cento já deseja a saída do partido do poder.
Distante hoje anos-luz dos reais interesses dos brasileiros, o PT, ou PA, segue agindo como se nada estivesse acontecendo. Como se os brasileiros não tivessem tomado conhecimento dos estragos que faz ao país.
Como se ainda enganassem a maioria com demagógica e propaganda fantasiosa.
Em mais um capítulo altamente ofensivo ao Brasil, à ordem pública e às leis, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, claro que do PT, outorgou a Medalha da Inconfidência (maior honraria daquele Estado), no dia de Tiradentes, ao “líder” do MST, grupo político disfarçado de social e praticamente paramilitar que atazana da vida do país, João Stédile.
O infrator, criminoso, destruidor, invasor, dirigente de um grupo que tem fins políticos, repito, e age fora da lei e da ordem, foi agraciado, numa espécie de salvo-conduto do governador mineiro, dizendo, “Aqui em Minas, pode agir à vontade”.
Isto se chama subversão da ordem. Uma autoridade, a mais alta de uma unidade da federação, - ainda mais a libertária Minas Gerais - reconhecendo como legítima a ação praticamente terrorista de um bando que invade, assalta, destrói, agora com a cobertura de “santidade” mineira.
Como filho de pai mineiro, com meu pé nas Gerais, recusou-me a acreditar que o povo daquele Estado concorde, mesmo tendo votado num petista, com atos como este do alienado governador. Autista. Partido Autista.
No âmbito federal, novamente alienada das vontades populares, a governanta Dilma sanciona verba para os partidos políticos com um aumento de entrega de dinheiro público a quem tem mais atrapalhado do que ajudado o país, os partidos políticos, numa nova ofensa aos valores dos cidadãos.
Elles não estão entendendo nada.
Recebem recados didáticos, explícitos, diretos, sobre a forma como o povo brasileiro quer ser governador, e continuam – os membros do PT, neo PA - dentro de seu próprio mundinho que vai ficando menor a cada dia.
E ficam reclamando de que a figura constitucional do “impeachment” seria golpe. Quanta pobreza de espírito e caráter.
Os políticos em geral seguem agindo como se o recado das ruas não fosse com eles.
O governo, tanto o federal quanto os demais do PT, e mesmo de outros partidos, seguem também como se o recado não fosse para eles.
E os brasileiros, cada vez mais estupefatos com a ousadia, ou ignorância da realidade, de quem vai indo para o buraco, achando que a rodovia está lisa como estava até virem à tona os verdadeiros interesses dos detentores do poder e sua incapacidade de gerência o país, dizendo que sabem na propaganda mentirosa.
BRASIL
“Estava terminando o capitão-mor sua refeição, na hora do sol forte, entre a hora da Terça e da Véspera, perto das três da tarde, saboreando as amêndoas e uvas-passas que eram comuns aos oficiais de comando, mas servidas somente aos domingos para a tripulação.
A esquadra viajava na velocidade de seis nós. Cabral havia mandado chamar o mestre para transmitir ao piloto e sinalizar às demais embarcações da frota a ligeira manobra que fariam, retomando a navegação menos a sudoeste e desviando-se para sudeste.
Com a demora, deixou a cabine na proa e dirigiu-se ao convés, onde percebeu o movimento da tripulação correndo em direção à murada de estibordo, forçando a vista na direção paralela ao rumo da nave.
“Terra à vista! Terra à vista! ”, gritou o marinheiro alojado no cesto da gávea, confirmando o que alguns embaixo pensavam ver. Nesse exato instante, o capitão-mor passou pela tripulação que, respeitosamente, lhe abria caminho para chegar à amurada e observar, na linda do horizonte, uma saliência de terra que se destacava acima do nível do mar.
Uma explosão de gritos e vivas sacudiu a nau. Foram disparadas duas bombardas de aviso às outras embarcações, que já sinalizavam com bandeirolas. Haviam avistado terra na direção contrária àquela onde os mapas indicavam a África.
Extasiado, disse o piloto da nau d. Manuel, Afonso Lopes, já ao lado de Cabral, na amurada de estibordo:
- Veja capitão-mor, é um monte arredondado, alto! Há serras mais baixas da parte sul em relação ao monte, e terras chãs, com grandes arvoredos – completou Frei Henrique de Coimbra, capelão dos franciscanos da esquadra, juntado ao grupo de observação. ”
Assim foi descoberto o Brasil em 22 de abril de 1500. Há exatos 515 anos.
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