Eletrolar começa em ambiente de alta nas vendas de eletrodomésticos

As vendas de geladeiras cresceram 22% de janeiro a abril e as de lavadoras, 17%, sobre 2023, de acordo com a NielsenIQ GfK. Para empresários, segundo semestre será ainda melhor

Fátima Fernandes
15/Jul/2024
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Eletrolar começa em ambiente de alta nas vendas de eletrodomésticos

Representantes da indústria e do varejo, que participam de um mercado anual estimado em R$ 200 bilhões, se encontram de hoje a quinta-feira em um ambiente favorável aos negócios.

Em um momento em que categorias das linhas de bens duráveis crescem dois dígitos, acontece a 17ª Eletrolar Show, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, 20% maior do que a de 2023.

De acordo com levantamento da NielsenIQ GfK para o evento, de janeiro a abril deste ano as vendas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos subiram 11%, em média, sobre 2023.

No primeiro quadrimestre deste ano, o volume de vendas de geladeiras subiu 22% e o de máquinas de lavar roupas, 17%, na comparação com igual período do ano passado.

“O mercado brasileiro não esperava este boom, que deve repercutir na feira. O segundo semestre será ainda melhor, com Black Friday e Natal”, diz Carlos Clur, presidente da Eletrolar.

Espalhado em 36 mil metros quadrados, o evento deste ano conta com 700 expositores, 1.500 marcas, com lançamento de 12 mil produtos, que vão de geladeiras a carros elétricos.

A expectativa da Eletrolar é atrair mais de 30 mil executivos de lojas de departamento, supermercados, home centers, atacarejos, comércio especializado e pequenos varejistas.

Para participar do evento, que é gratuito, os visitantes precisam fazer uma inscrição.

“Batemos recorde no preenchimento de espaço, tanto que no ano que vem vamos para o Anhembi. Há um grande otimismo para a realização de negócios a partir do evento”, diz Clur.

Fundada em 2000, a Mondial, fabricante de eletroportáteis e fornos, vai lançar 50 produtos durante o evento, tais como liquidificadores, cafeteiras, aspiradores de pó e cooktops.

Giovanni M. Cardoso, fundador do grupo MK, dono das marcas Mondial, Xzone e Aiwa, diz que a empresa está crescendo mais do que o mercado, isto é, 28% em volume, em média.

Este crescimento, diz ele, está focado nas linhas de ventilação, cozinha e cuidados pessoais.

“Os celulares já não apresentam tantas novidades, com vendas até em queda. Os consumidores estão gastando com outros produtos”, afirma Cardoso.

Com base em dados da consultoria IDC, a Abinee informa que o mercado oficial de telefones celulares caiu 2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2023.

A Abinee também informa que o mercado não legal de smartphones tem crescido, prejudicando os fabricantes. Representava de 8% a 10% do mercado total em 2022. Hoje, 25%.

Enquanto isso, diz Cardoso, o setor em que a Mondial atua se beneficia, até porque vende produtos em que a média de preços para o consumidor é da ordem de R$ 240.

“Vendemos produtos que não dependem de crediário, podem ser pagos em até três vezes no cartão de crédito. São produtos de fácil acesso da população”, afirma.

Com faturamento anual da ordem de R$ 6,5 bilhões, incluindo os produtos da Aiwa, a Mondial tem crescido, desde a fundação, cerca de 33% ao ano, em média, de acordo com Cardoso.

Em fevereiro de 2021, adquiriu a fábrica da Sony, em Manaus (AM), com 222 funcionários, e hoje emprega 1.400. “Contratamos 1.100 pessoas neste ano”, diz.

A fábrica aumentará de 27 mil metros quadrados para 46 mil metros quadrados para começar a produzir a linha de ar condicionado.

Com a marca Aiwa, licenciada da Sony, a fábrica vai produzir também televisores de 32 a 75 polegadas, além de caixas de som, fones de ouvido e boombox.

Outra unidade da Mondial, localizada em Conceição do Jacuípe, na Bahia, já se dedica à produção de eletroportáteis.

As duas juntas empregam 6.600 pessoas, número que deve subir para 7.300 no ano que vem. Cerca de 80% dos produtos que a Mondial vende são produzidos no país.

Para Clur, a melhora do emprego e da renda e também a ajuda do governo às famílias mais carentes têm contribuído para a expansão de eletroportáteis e utilidades domésticas.

Com um portfólio de mais de 22 mil itens, a Tramontina participa pela primeira vez da Eletrolar, em um estande de pouco mais de 100 metros quadrados.

Entre os lançamentos, destacam-se itens para cozinha, como panelas de pressão, frigideiras e talheres, peças para a casa, como cadeiras, e produtos para jardim, como cortadores de grama.

Para demonstrar o uso dos produtos para cozinha, um chef estará presente para preparar petiscos ao vivo.

Alguns dos novos produtos que estarão expostos na feira e disponíveis para os consumidores nos próximos meses já estão sendo divulgados por expositores da Eletrolar.

Eis alguns deles: televisores de 100 polegadas, TV outdoor, climatizadores, bicicletas em alumínio, fechaduras digitais que enviam foto de quem está interagindo com elas, fones de ouvido com 40 horas de autonomia de bateria, carros elétricos infantis, portáteis para uso pessoal, lavadoras semiautomáticas e lava-louça com ciclo de 2,5 litros de água.

No ano que vem, pela primeira vez, a Eletrolar também vai acontecer no México, de 17 a 19 de junho. Na Argentina será a quinta edição, de 30 de junho a 2 de julho de 2025. 

No Brasil, no Parque Anhembi, acontecerá de 23 a 26 de junho de 2025. “A integração entre a indústria e o varejo é latino-americana”, diz Cardoso. 

 

IMAGEM: Newton Santos/DC

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