Busca Busca vai lançar marketplace para atacadistas
Alex Ye, o chefe do benefício, famoso influenciador do Brás no TikTok, anuncia canal exclusivo para atacado em até três meses, além da abertura de franquias em várias cidades
A Busca Busca, conhecida como “Shopee do Brás”, inaugurou sua primeira unidade em dezembro com a promessa de preços mais baratos. Em menos de quatro meses mudou de endereço e passou a ocupar um andar inteiro do Shopping Plaza Polo, na mesma região.
Agora, a nova aposta de Alex Ye, criador da empresa e mais conhecido como Chefe do Benefício, é permitir que os importadores vendam diretamente para o consumidor final, sem intermediários na cadeia, garantindo assim excelentes preços.
Junto com o anúncio da inauguração do Espaço Busca Busca no Plaza Polo, o empresário informou que irá entrar no modelo de franchising em poucas semanas e vai lançar seu marketplace para atacadistas em até três meses.
Com 5 milhões de seguidores nas redes sociais, o Chefe tem planos ousados. Ele contou que irá inaugurar outros endereços do Espaço Busca Busca em diversas cidades do Brasil por meio de franquias. O modelo será de atacarejo. As primeiras confirmadas são Sorocaba, São José dos Campos, Osasco e Campinas.
“Já estou com projetos para várias outras unidades este ano. E os preços serão imbatíveis tanto para quem quer comprar no atacado quanto no varejo. Pretendo estar em todas as grandes cidades do Brasil em um futuro muito próximo”, revela Ye.
MARKETPLACE
O projeto do marketplace para atacadistas também promete ser grande. Em um ou dois meses, a plataforma semelhante ao Alibaba, como Ye mesmo define, será lançada e já está em fase de testes.
“O atacadista não vai mais precisar vir a São Paulo uma vez por semana ou mensalmente para fazer suas compras. Ele vai comprar no site e receber rapidamente em sua cidade o caminhão com os produtos.”
Segundo o empresário, os marketplaces praticam valores de 20%, em média, além do frete. “Na Shopee, por exemplo, o atacadista paga 20% mais R$ 4 de frete e eles ainda acham bem barato, o que realmente é. Mas eu vou cobrar, no máximo, 5%”, garante.
Com uma estratégia de comissão do marketplace bastante agressiva frente aos concorrentes, Ye define: “Isso quer dizer que o preço vai ser um absurdo de barato. E não tem nada de sonegação de impostos ou contrabando, como muita gente acredita. O lojista vai ter sua nota fiscal.”
Ye acredita que sua principal vantagem é que ele conhece quase todos os importadores do Brasil e a maioria deles estará na plataforma do Busca Busca.
“Essa é a maior dificuldade dos atacadistas: ter uma proximidade com um bom importador. Como eu atuo com muito volume, meu poder de negociação é grande porque meu objetivo é que o benefício não seja só para quem vende, mas para quem compra também”, afirma o Chefe do Benefício.
Com o marketplace, ele quer quebrar o paradigma de que todo produto chinês é “xing ling”, ou seja, na tradução literal, estrelas (xing) zero (ling), ou “zero estrelas”, para classificar um produto de baixa qualidade.
“A China é a maior fábrica do mundo. É interessante que, ao mesmo tempo que as pessoas falam que gostam de importados, não acham que há qualidade no que vem da China. Só que tudo é feito na China! Até os iPhones”, diz.
Mas, assim como em todo segmento de mercado, Ye entende que há produtos de qualidade e outros nem tanto e isso não é uma característica da China. Por isso, seu trabalho de curador hoje é fazer o filtro, escolher os melhores produtos dos importadores e oferecer para a “galela”, como ele chama seus 5 milhões de seguidores nas redes sociais, o que realmente é bom.
No Espaço Busca Busca, quem não ficar satisfeito com o produto pode receber o dinheiro de volta. “Você conhece alguém que faça isso no Brasil? São poucos. Eu faço porque eu garanto a qualidade”, afirma o empresário.
A estratégia para a estreia do marketplace já está pronta. Alex Ye mantém 35 grupos de Whatsapp em seu celular com atacadistas inscritos de todo o Brasil.
“Já tenho uma média de 30 mil atacadistas, que só compram ‘caixas fechadas’, esperando para fazerem pedidos do marketplace do Busca Busca. Só precisamos finalizar os ajustes tecnológicos da plataforma.”
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IMAGEM: redes sociais da Busca Busca