Baixo ritmo de crescimento de serviços se mantém em maio
Apesar de registrar crescimento de 4,8%, resultados são inflados pelo efeito da fraca base comparação com igual mês de 2018, quando começou a greve dos caminhoneiros, dizem os economistas da ACSP

Na esteira da economia, o volume de serviços prestados segue sinalizando lenta recuperação, configurando um cenário de baixo ritmo de crescimento da atividade em geral. A análise é do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com base na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de maio divulgada pelo IBGE.
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Pelo levantamento, o volume de serviços prestados cresceu 4,8%, no contraste com igual mês de 2018 (ver tabela abaixo), após registrar queda em abril, na mesma base de comparação. Em 12 meses, houve crescimento de 1,1%, bastante mais acelerado do que o registrado na leitura anterior (0,4%).

Esses resultados, contudo, estão “inflados” pelo efeito da fraca base de comparação de maio do ano passado, quando se iniciou a greve dos caminhoneiros, que afetou de forma muito intensa o setor, principalmente o segmento de transportes, que é o mais representativo. Justamente esse foi um dos que mostraram maior elevação do volume de transações.
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A análise da média móvel trimestral, que é uma forma alternativa de atenuar os efeitos sazonais ou pontuais, tais como a referida greve, sugere que o setor continua apresentando lenta recuperação durante os primeiros cinco meses do ano.
De acordo com os economistas da ACSP, espera-se que, com o avanço da reforma da Previdência e com a flexibilização da política monetária, o setor retome trajetória ascendente.
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