Vendas do varejo sobem 0,1% de julho para agosto
Resultado ficou 5,7% abaixo do pico de outubro de 2014 segundo o IBGE, que também revisou o resultado de julho ante junho de 1% para 0,5%
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 0,1% na passagem de julho para agosto. De acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (10/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa foi a terceira alta consecutiva do indicador, que acumula crescimento de 1,2% no período.
O comércio varejista também teve altas de 0,4% na média móvel trimestral, de 1,3% na comparação com agosto do ano passado, 1,2% no acumulado do ano e 1,4% no acumulado de 12 meses.
Na passagem de julho para agosto, quatro dos oito segmentos pesquisados tiveram alta: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%).
Ao mesmo tempo, quatro atividades tiveram queda: combustíveis e lubrificantes (-3,3%), tecidos, vestuário e calçados (-2,5%), móveis e eletrodomésticos (-1,5%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,3%).
Analisando-se o comércio varejista ampliado, que também considera os setores de materiais de construção e veículos, o volume de vendas manteve-se estável de julho para agosto. O setor de veículos, motos, partes e peças caiu 1,7% e o segmento de material de construção recuou 0,8% em agosto.
Nas demais comparações temporais, no entanto, o varejo ampliado teve crescimentos: média móvel trimestral (0,2%), comparação com agosto de 2018 (1,4%), acumulado do ano (3,5%) e acumulado de 12 meses (3,7%).
REVISÃO
Por outro lado, as vendas do comércio varejista estão 5,7% abaixo do pico alcançado em outubro de 2014, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio referentes a agosto, informou o (IBGE).
Isso porque o órgão revisou o resultado das vendas no varejo em julho ante junho, de uma alta de 1,0% para avanço de 0,5%. O resultado de maio ante abril também foi revisto, de alta de 0,1% para estabilidade (0,0%).
Segundo Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, a forte revisão ocorrida nas vendas do varejo foi provocada pela metodologia de ajuste sazonal, e não pela entrada de novos dados de informantes em atraso. "Não teve nenhuma entrada de dado primário (de informantes da pesquisa), portanto foi uma revisão do modelo de ajuste sazonal. Com a entrada da informação do mês de agosto, o modelo reinterpreta julho", disse.
A única atividade com entrada de informações referentes a julho em atraso foi a de informática, "praticamente sem relevância estatística", argumentou Isabella. A taxa de vendas do varejo ampliado - que inclui as atividades de veículos e material de construção - em julho ante junho foi revista de alta de 0,7% para 0,6%. O resultado de junho ante maio saiu de 0,2% para 0,1%, enquanto a taxa de maio ante abril passou de 0,6% para 0,5%.
FOTO: Acervo/Agência Brasil