Varejo vai perder força ao longo do primeiro trimestre, diz ACSP
O setor perde fôlego desde agosto, num contexto de alta da inflação, encarecimento do crédito e desemprego elevado
O varejo, em novembro, continuou perdendo fôlego, porém, segundo os economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mantendo a perspectiva de crescimento moderado, puxado pelo efeito positivo do Auxílio Brasil e pela melhora das expectativas das famílias em relação à sua situação financeira futura.
Baseado nesses dados e em informações de operações de crédito e taxa de juros, as projeções do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da ACSP apontam para um aumento de 2,0% nas vendas do varejo restrito para 2021 e para a continuidade dessa desaceleração durante o primeiro trimestre de 2022.
Em novembro, as vendas do varejo restrito (que não incluem veículos e material de construção) e do ampliado (que consideram todos os segmentos) apresentaram recuos de 4,2% e 2,9%, respectivamente, em relação ao mesmo mês de 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
No acumulado em 12 meses, os volumes comercializados continuaram mostrando aumentos de 1,9% e 5,1%, respectivamente. Contudo, inferiores aos observados na leitura anterior.
Segundo a ACSP, “esses resultados evidenciam a continuidade da perda de fôlego do varejo, ocorrida a partir de agosto, num contexto de menor poder aquisitivo das famílias, corroído pela inflação, encarecimento do crédito e elevado desemprego.”
No contraste anual, somente artigos farmacêuticos, por tratar-se de itens essenciais, e veículos, devido à menor base de comparação do ano passado.
IMAGEM: DC