‘Vamos vivenciar no Centro aquilo que hoje encontramos na Paulista’

Em entrevista ao DC, Fabrício Cobra, secretário da Casa Civil da Prefeitura de São Paulo, diz que a região central ganhou a preferência dos comerciantes para a instalação de seus negócios

Mariana Missiaggia
09/Ago/2024
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‘Vamos vivenciar no Centro aquilo que hoje encontramos na Paulista’

Passando por um grande projeto de revitalização, o Centro de São Paulo tem recebido ativações e incentivos para viver a sua melhor fase, segundo Fabrício Cobra, secretário da Casa Civil da Prefeitura.

Ao citar a disponibilidade de espaços a preços mais acessíveis, a isenção parcial de IPTU e a redução da alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS) para empresas que se instalem na região, Cobra espera que essas medidas façam do Centro o ponto mais visitado da capital.

No último ano, por exemplo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, assinou a concessão do Edifício Martinelli ao grupo Tokyo, para que o lugar fosse transformado em um novo ponto cultural, gastronômico e de lazer, preservando a sua história e arquitetura.

Um dos prédios mais icônicos e históricos de São Paulo, o Martinelli passou anos fechado para o público e sem utilização. Hoje, na opinião de Cobra, ele é uma representação de potencial turístico para a ativação do Centro de São Paulo.

Em entrevista ao Diário do Comércio, Cobra reforça a ideia de que a região vem ganhando a preferência dos comerciantes para a abertura de novos empreendimentos e diz que, ao estimular a ocupação dos espaços públicos, está contribuindo para a requalificação do Centro. Confira a entrevista abaixo:

 

DC - A revitalização do Centro de São Paulo é a atual bandeira da Prefeitura e tem sido tratada com muito otimismo. Quais ações desse movimento poderia destacar?

Fabrício Cobra - Todas as ações que a Prefeitura liderou em parceria com o governo do Estado e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aconteceram em benefício do comércio e são muito relevantes. A nova Lei do Triângulo Histórico e Quadrilátero inclui benefícios, como isenção de 40% de IPTU e redução de ISS para todo negócio que se localiza dentro desse perímetro. Um incentivo enorme para novos empreendimentos. Já tivemos a reocupação do antigo imóvel da Casa Mathilde. Ao lado dele, temos um novo espaço cultural, a Arena B3, bem em frente ao Salve Jorge e o Largo do Café, com novos restaurantes. A Prefeitura também aposta fortemente nas ativações culturais e esportivas para trazer público e ampliar o tempo de permanência no Centro. O Theatro Municipal irá colocar o seu corpo artístico para se apresentar no Pateo do Collegio e no Largo São Bento, algo na linha do que o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) tem feito ao ocupar o calçadão com espetáculos.

 

Falando sobre a chegada de novos negócios. Há uma conversa de que a Prefeitura estaria empenhada na reabertura do Café Girondino, um comércio emblemático do Centro. Como isso tem avançado?

O Girondino foi um caso pontual que está sendo reajustado e a expectativa é de que em breve tenhamos um anúncio positivo sobre isso. O Centro vive um momento totalmente contrário, estamos em um movimento de abertura. Diariamente ficamos sabendo de empreendedores querendo investir no Centro. A tendência é de abertura de novos negócios e de muita ativação. Tivemos a São Paulo Design Week, a movimentação da Casa de Francisca, a reabertura das visitações ao Martinelli, o Anhangabaú com 300 atividades por mês e uma agenda intensa de ativações. A festa junina da Praça da Sé foi um marco e lotou a região em pleno domingo. Hoje, o Centro tem tudo para que aquela pessoa que batia e voltava na 25 de Março ou no Brás encontre motivos para estender o passeio - almoçar, ir ao museu, visitar uma loja e ampliar o tempo de permanência. O leque de opções está aumentando e a questão da segurança já está muito contemplada. Vamos viver no Centro aquilo que hoje acontece naturalmente na Paulista.

 

Atividades no interior e topos de prédios também ganharam força na região central. Como a Prefeitura vê essa conexão?

Vemos como algo super importante porque assim criamos novos pontos de visitação. Esse é o típico lugar que o turista gosta de visitar. O edifício Mirante do Vale, com o Sampa Sky, se tornou o destino final de muita gente. As pessoas não passam por ele, elas chegam ao Centro por causa dele e daí percebem que há muito a ser visto no entorno. O Pateo do Collegio é o nosso marco zero, o MUBB3 - Museu da Bolsa ainda é uma novidade para muitos e tantas outras possibilidades. Todas essas iniciativas transformam o Centro, contribuindo para que ele se torne o ponto número 1 de visitação da nossa cidade.

 

Pensando especificamente nos pequenos negócios, o que destacaria como grande atrativo para escolherem o Centro como endereço?

Os benefícios que citei estão acessíveis a todos, inclusive o pequeno empreendedor. Temos um exemplo muito prático que é a Galeria Metrópole, na Praça Dom José Gaspar, ícone da nossa arquitetura e que está sendo reocupada por esses modelos de negócio. Temos ali cerca de 50 lojas que foram adquiridas por empreendedores individuais. São designers, restaurantes e livrarias que trouxeram novos ares para o lugar. É um espaço que está dentro do quadrilátero e que contempla o mesmo desconto de IPTU e redução de ISS para obra que o Triângulo Histórico tem. Portanto, aquele pequeno empreendedor que quer ocupar o seu espaço no Centro tem muito a usufruir nessa região.

 

IMAGEM: Prefeitura de SP/divulgação

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