Uma alienação irresponsável

O governo estarrece a todos quando toma iniciativas corretas, mas, no dia seguinte, cede a pressões, nem sempre da opinião pública, mas as publicadas por ativos militantes

Aristóteles Drummond
25/Out/2017
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O Brasil vive um momento que beira à insanidade, irresponsabilidade e insensibilidade. O povo padece com o desemprego e os serviços precários na saúde e na educação.

A economia sofre com problemas de infraestrutura, tanto na energia como nos transportes. Grandes obras estão paradas. As parcerias com o setor privado andam em crise, há devolução de estradas e aeroportos concedidos, prevalecendo ainda muitas premissas herdadas dos anos loucos do PT.

As reformas viraram sonho de uma noite de verão. Apenas a trabalhista foi razoável e, mesmo assim, graças ao senador Ferraço, uma boa revelação no Congresso.

A economia patina, estamos com desempenho inferior a dezenas de países, inclusive vizinhos. Não estamos aproveitando o bom tempo na economia mundial e estaremos muito vulneráveis em caso de crise internacional.

Nossos ativos não valem nada e estão sendo comprados abaixo do valor que potencialmente poderiam ter. Mas como correr risco maior em país com as leis trabalhistas e a carga fiscal que temos?

Isso sem contar a burocracia pesada e corrupta. Nossas cidades assustam quem vem de fora com a crise na segurança pública. Quando vamos acordar?

Até o Judiciário colabora para a crise, com altos custos, processos intermináveis, idas e vindas na definição de regras. Poucos lembram que a consensual cláusula de barreira na legislação eleitoral, para evitar a proliferação de legendas, foi aprovada pelo Congresso e derrubada pelo Supremo.

O Parlamento vota uns casos de uma forma e outros de maneira totalmente diferente, numa incoerência que choca. O pregão de votos é público e tem como palco principal o Palácio do Planalto.

O governo estarrece a todos quando toma iniciativas corretas, mas, no dia seguinte, cede a pressões, nem sempre da opinião pública, mas as publicadas por ativos militantes. Quando é que os homens lúcidos e decididos vão se unir?

Temos visto na mídia muita gente pensando bem o Brasil, com destaque, no meu entender, para o empresário Flávio Rocha, o pensador Philippe de Orleans e Bragança, o jovem paulista Ricardo Sales e para o jornalista e empresário Ricardo Rangel.

E mais os veteranos, que não podem faltar com a experiência e conhecimento, como Ives Gandra Martins, Carlos Veloso e outros poucos mais.

Gente que não quer agradar ao “politicamente correto”, pois é esta postura que tem levado o país a essa situação. Com consenso não se chega a lugar algum. É preciso rumo e determinação. Pensar no futuro e não na vantagem e no aplauso imediato.

Parece simples, mas não é.

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