Um cidadão relevante
Ele é um homem de sensibilidade, colecionador de arte, militante da preservação de nosso patrimônio histórico, defensor de uma educação compatível com nossas aspirações no contexto mundial
Uma nação é construída pelos seus valores, pelos que se destacam fora das posições de mando, mas que colaboram de maneira decisiva para a coletividade, dando um sentido social e cultural às suas atividades profissionais ou empresariais. Normalmente, homens de fé e de vocação definida.
O Rio possui entre essas referências o professor e educador Carlos Alberto Serpa, que revolucionou o vestibular ao criar a Cesgranrio.
No entanto, não é esse o lado que faz de Serpa uma figura singular na vida nacional. Ele é um homem de sensibilidade, colecionador de arte, militante da preservação de nosso patrimônio histórico, defensor de uma educação compatível com nossas aspirações no contexto mundial. São inúmeras as suas iniciativas ao longo de décadas.
Homem de fé, participante de importantes congregações da Igreja Católica. É o presidente da Associação Cultural da Arquidiocese do Rio, sendo interlocutor privilegiado do Cardeal D. Orani.
Agora vem de produzir, sem objetivos comerciais, um seriado e um filme de grande valor religioso e cultural, “O Filho do Homem”, que é nada mais do que a vida de Cristo.
No início do ano, a obra estará nas salas e o seriado na Internet e em pen drives a serem distribuídos a todas as paróquias do Estado.
Além do citado, já está em filmagem uma outra obra fantástica, que vem preencher uma lacuna em nossa historiografia: a história da Família Imperial, desde D. João VI até o golpe de 1889. Tudo filmado no Rio.
Dia 19 o espetáculo de São Sebastião, padroeiro do Rio, é criação sua .
Não contente com isso, Serpa ainda dirige um grupo encarregado pelo cardeal para reunir numa publicação o imenso acervo artístico da Igreja e a recuperação de templos com mais de 300 anos. Alguns destes estão até em risco de desabamento.
São iniciativas que formam a cultura de um povo, de uma região, que não pode ser esquecida, perdida, mas, sim, ser um estímulo ao culto das coisas belas do passado.
O Rio ainda não soube explorar o potencial turístico e cultural de suas igrejas, que pouco ficam a dever as localizadas na Europa, em especial em Portugal, pois de lá vieram os desenhos, as plantas, aqui transformadas em realidade por artesãos que vieram e, principalmente, pela mão de obra nacional, privilegiada, com tantos exemplos, como o de Manuel da Costa Ataíde.
Como não podia deixar de ser em um homem de formação católica, Carlos Alberto Serpa criou um notável centro gastronômico e cultural no Flamengo, em casa tradicional, a qual deu o nome de sua mãe, D. Julieta de Serpa.
Que exemplos como este sejam seguidos!
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