Sofá na Caixa, marca brasileira de móveis, vai explorar mercado europeu
Com apenas seis meses em operação, o faturamento da empresa chegou a R$ 28 milhões e até fevereiro de 2025, quando a companhia completa um ano, a projeção é atingir R$ 85 milhões
Enquanto as exportações de móveis apresentaram uma queda de 3,3% de variação acumulada nos últimos 12 meses, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), divulgados em agosto deste ano, a empresa Sofá na Caixa decidiu explorar o mercado internacional. De acordo com o CEO Rubens Stuque, listado em 2022 na Forbes Under 30, jovens de até 30 anos que se destacaram em 15 setores pelo Brasil, as vendas para Espanha, França e Portugal começarão dia 1 de outubro. “Nós temos algumas transações isoladas para Caribe e Estados Unidos, mas esperamos que esse canal evolua significativamente”, disse.
Expandir o negócio para fora do país surgiu de um interesse do público. O lançamento da Sofá na Caixa foi em fevereiro deste ano e despertou o interesse de 40 países para licenciar a marca. “Antes, não tínhamos um departamento dedicado para gerenciar isso, mas agora estamos desenvolvendo planos para atender a essa demanda crescente”, afirmou Rubens Stuque. Segundo o CEO, a empresa possui um time específico nos três países para administrar a demanda.
Seja fora do país ou no Brasil, a prioridade a ser solucionada é o problema da pronta-entrega. “É um ponto que priorizamos desde o início do projeto, mas não conseguimos ainda solucionar devido a questões de produção e velocidade de venda”, disse o fundador da empresa, que tem como princípio “resolver problemas de prazo de entrega, velocidade e tomada de decisão”. Rubens Stuque explicou que, geralmente, quando uma compra é feita nas lojas convencionais, o sofá é produzido após o pedido. Assim, ter estoque para pronta-entrega é um diferencial, mas exige uma operação robusta “devido à logística envolvida e à necessidade de preparar e armazenar inúmeros produtos”.
PRODUÇÃO
A empresa Sofá na Caixa trabalha com uma tecnologia chamada growtech, o que permite que a estrutura do sofá seja comprimida em uma caixa e, quando retirada da embalagem, infle. A produção é distribuída pelas cidades de Campinas (SP), Capivari (SP), Salto (SP), Jacutinga (MG) e Ubá (MG). Cada planta fica responsável por etapas diferentes da espumação, costura e montagem. “Dessa forma, conseguimos controlar melhor os custos e oferecer um valor competitivo ao mercado”, afirmou Rubens Stuque.
O faturamento já chegou a R$ 28 milhões e até fevereiro de 2025, quando a companhia completar um ano, a projeção é atingir R$ 85 milhões. Apesar de a marca Sofá na Caixa ter sido lançada em fevereiro deste ano, a história do projeto começou em 2022 quando Stuque era sócio da Eco Flame Garden, empresa de decoração de área externa, e decidiu explorar o mercado de móveis de área interna. “O mercado estava aberto a novas marcas, como uma esponja absorvendo novidades”, disse. De acordo com o CEO, o setor de sofás estava estagnado e era um “ponto cego” do varejo.
Dessa forma, mesmo com uma queda de 0,5% no faturamento do mercado de móveis em 2023, de acordo com a Abimóvel, Rubens Stuque viu uma oportunidade de ganhar destaque. Com isso, ele identificou que as principais objeções dos consumidores eram: tamanho, conforto e durabilidade. Além disso, o CEO percebeu que as fábricas tradicionais ainda não enxergavam a venda direta on-line como uma vantagem. Por isso, a Sofá na Caixa nasceu com uma proposta de se posicionar de forma diferente no mercado “enquanto o varejo se esmaga de preços e de soluções mirabolantes que acabam matando os negócios”.
IMAGEM: divulgação