Setor de serviços perdeu ritmo de crescimento
Segundo economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a recuperação dependerá da evolução do emprego e da renda das famílias
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril, o volume de serviços prestados mostrou queda de 0,7% na comparação com o mesmo mês de 2018 (ver tabela abaixo), menos intensa do que a observada em março, na mesma base de comparação (-2,3%).
Contudo, no acumulado em 12 meses houve alta de 0,4%, porém, inferior à registrada na última leitura, o que sinaliza a perda de “fôlego” que continua sofrendo o setor.
Em relação a abril do ano passado, duas das cinco atividades consideradas na PMS tiveram retração, sendo o segmento de transportes o principal destaque negativo, afetando de forma importante o resultado, ao representar cerca de 30% do volume total transacionado.
Dentro desse segmento, as principais contrações se deram no transporte de carga, fortemente impactado pela crise da indústria, e no aéreo, cuja perda de receita refletiu o apreciável aumento dos preços das passagens, após a “quebra” da Avianca.
Na contramão, os serviços prestados às famílias cresceram, influenciados pelas atividades de hospedagem, alimentação e gestão de espaços, impulsionados por grandes eventos realizados principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em síntese, o volume de serviços prestados, como também acontece com a indústria e o varejo, continua a dar sinais de perda de ritmo em sua recuperação.
Sua evolução, durante os próximos meses, dependerá da evolução do emprego e da renda das famílias, por um lado, e, por outro, das perspectivas da indústria, que demanda de forma intensa transporte rodoviário e ferroviário.
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