Serviços e comércio puxam saldo líquido de empregos em agosto
Do total de 121.387 postos com carteira assinada, 85.356 foram nesses setores, segundo dados do Caged, do Ministério da Economia. No trabalho intermitente, o saldo foi de 6.573 vagas
O mercado de trabalho brasileiro criou 121.387 empregos com carteira assinada em agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia nesta quarta-feira (25/09). O saldo de agosto decorre de 1,382 milhão de admissões e 1,261 milhão de demissões.
Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram criadas 127.648 vagas no oitavo mês do ano. Em agosto de 2018, houve abertura líquida de 110.431 vagas, na série sem ajustes. O resultado de agosto ficou acima da mediana positiva de 98.881 postos de trabalho das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast.
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O intervalo das expectativas ia de abertura de 29 mil vagas à criação de 129.940. No acumulado de janeiro a agosto de 2019, o saldo do Caged foi positivo em 593.467 vagas, o melhor desempenho para o período desde 2014, quando a abertura de vagas chegou a 751.456, na série com ajustes. No mesmo período do ano passado a criação de vagas era de 568.551. Já em 12 meses até agosto, houve abertura de 530.396 postos de trabalho.
SETORES
O resultado do mês foi puxado pelo setor de serviços, que gerou 61.730 postos formais, seguido pelo comercio, que abriu 23.626 vagas de trabalho. Também tiveram saldo positivo no mês a indústria de transformação (19.517 postos), a construção civil (17.306), a administração pública (1.391) e o setor de extração mineral (1.235).
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Já a agricultura fechou 3.341 vagas em agosto, enquanto os serviços industriais de utilidade pública tiveram fechamento líquido de 77 vagas no mês.
TRABALHO INTERMITENTE
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram a criação líquida de 6.573 empregos com contrato intermitente em agosto. De acordo com os dados do Ministério da Economia, o emprego intermitente registrou admissão total de 12.929 trabalhadores em agosto, ao mesmo tempo em que houve 6.356 demissões.
Houve ainda a abertura de outras 2.650 vagas pelo sistema de jornada parcial. As duas novas modalidades foram criadas pela reforma trabalhista. O Caged informou ainda que houve 18.420 desligamentos por acordo no mês de agosto.
SALÁRIO MÉDIO
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve alta real de 1,97% em agosto de 2019 ante igual mês de 2018, para R$ 1.619,45, segundo dados do Caged.
Na comparação com julho, houve alta de 0,44%, informou o Ministério da Economia. O maior salário médio de admissão em agosto ocorreu na extrativa mineral, com R$ 2.616,94, puxado pelos salários da Petrobras. Já o menor salário médio de admissão foi registrado na agropecuária, com R$ 1.306,25.
FOTO: Arquivo/Ag.Brasil