Rede Econômica volta ao Centro de São Paulo
Loja de utilidades domésticas deixou a região durante a pandemia e agora reabre no mesmo endereço da rua Direita atraída pelo projeto de revitalização do local
Após três anos de seu fechamento, a rede Econômica, de utilidades domésticas, retorna ao seu antigo endereço na rua Direita, no Centro de São Paulo. A inauguração acontece amanhã, quinta-feira (20/06), com a expectativa de que passem pelo local mil pessoas ao longo do dia.
A rede, que já chegou a ter três lojas apenas no centro histórico, e 14 em todo o país, foi afetada pela pandemia de covid-19 e precisou fechar muitas de suas unidades. A deterioração do Centro também foi um dos fatores decisivos para que a rede fechasse suas três unidades na região, focando nas lojas fora de São Paulo.
Agora, a empresa enxerga no Centro uma oportunidade de ganhar novamente seu espaço no mercado. As três lojas que a rede tinha na região representavam cerca de 60% do faturamento da empresa, e as expectativas para essa nova unidade são altas, retornando uma boa parcela desse faturamento. O Centro sempre foi um dos pilares do faturamento da Econômica, segundo a empresa, que vê a região como uma vitrine para os fornecedores e consumidores.
O novo cenário do Centro, que vem recebendo estímulos do poder municipal na forma de investimentos em infraestrutura urbana, segurança e isenções tributárias para empresas locais, além dos pedidos de seus consumidores para voltar à região, foram fatores decisivos para que a rede retornasse ao antigo endereço.
Com boas expectativas para a região, a empresa estuda abrir novas unidades na rua São Bento e na região da República.
A Econômica não é a única que enxerga o Centro da capital de forma positiva. Uma pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que 72% dos comerciantes da região estão otimistas com as melhorias realizadas pela Prefeitura para a revitalização do Centro.
A rede de utilidades domésticas busca crescer no Centro, assim como auxiliar na geração de empregos local. Para a unidade que está reabrindo, a Econômica contratou 12 funcionários, e a expectativa é que novas vagas sejam abertas de acordo com o desempenho da loja.
Ao voltar para o Centro, a empresa aposta no perfil específico do público, formado em parte por consumidores fixos. A rede diz que grande parte dos clientes do Centro trabalha na região e aproveita a hora do almoço para fazer as compras. Mas, além desses consumidores fixos, há um movimento constante por ser uma área próxima ao metrô, e esse fluxo tende a aumentar com a revitalização da região.
A Econômica, assim como outras lojas de utilidades domésticas espalhadas pelo Centro de São Paulo, tem no preço o seu diferencial. Mas a rede informa que sua proposta é diferente das concorrentes locais, como a vizinha Lojasmel, localizada na rua São Bento e em vários pontos da região.
IMAGENS: Rebeca Ribeiro/DC