Projeção do PIB para 2024 sobe para 1,68%
Estimativa do mercado financeiro foi publicada no Boletim Focus, do BC, nesta quinta-feira (22/02). Já a inflação deve ficar em 3,81%
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 1,6% para 1,68%. A estimativa está no Boletim Focus desta quinta-feira (22/02), pesquisa semanal do Banco Central (BC) com a projeção dos principais indicadores econômicos.
Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) - é de crescimento de 2%, a mesma projeção para 2026 e 2027.
No terceiro trimestre do ano passado, a economia brasileira cresceu 0,1% ante o segundo trimestre, de acordo com o IBGE. Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi 3,2%.
Com o resultado, o PIB está de novo no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível de antes da pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019. Os dados do quarto trimestre de 2023, com o consolidado do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.
A previsão de cotação do dólar está em R$ 4,93 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5.
INFLAÇÃO
Nesta edição do Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país – para 2024 passou de 3,82% para 3,81%. Para 2025, a projeção subiu de 3,51% para 3,52%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,5%.
A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.
Em janeiro, pressionada pela alta dos alimentos, a inflação do país foi 0,42%, abaixo do apurado em dezembro, de 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o IPCA soma 4,51%.
JUROS
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela quinta vez consecutiva, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. A segunda reunião do ano do Copom está marcada para 19 e 20 de março.
Em comunicado, o Copom indicou que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista, “necessária para o processo desinflacionário”. O órgão informou que a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico “de maior prazo”.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9%. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.
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