Pesquisa aponta que vendas de Natal podem crescer 5%
Levantamento da Federação de Dirigentes Lojistas revela um Natal mais otimista com tíquete médio que varia de R$50 a R$150, dependendo da cidade do estado de São Paulo
Próximo ao Natal, a rede varejista já se prepara para enfrentar a melhor época de vendas para o setor.
Um levantamento de expectativa de vendas para o Natal, feito pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), mostra que os lojistas estão levemente confiantes para essa época.
O crescimento médio para o natal de 2017 deve ser de 5%, com um ticket médio que varia de R$50 a R$150, dependendo da cidade do estado.
A pesquisa realizada com a participação das principais CDLs (Câmara de Dirigentes Lojistas) do estado confirma um Natal mais otimista para 2017, mesmo considerando o cenário econômico de insegurança que ainda aflige os principais empresários do varejo – principalmente o pequeno lojista.
“O Natal é a data mais positiva do ano para o varejo. Mesmo havendo Black Friday em novembro, a tradição do Natal é muito forte entre os brasileiros. Para 2017, acreditamos numa ligeira melhora mesmo sabendo de toda a influência da economia no país”, diz o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.
O interior do estado também se mantém mais otimista, inclusive nas previsões de contratações temporárias.
“A Black Friday já é um período bom para o comércio, tanto para vendas como para contratações, que seguem até o Natal. Para 2017, a expectativa é que as vagas tenham aumento de 10%”.
Confira a expectativa de cada região do Estado feito pela FCDLESP:
CAPITAL E GRANDE SP
Na região da capital e grande São Paulo os lojistas, principalmente do comércio de rua, mantém expectativa de aumento de 3% com tíquete médio de compra entre R$ 100 e R$ 150.
A CDL de Itaquera, por sua vez, não acredita que o Natal possa melhorar a rentabilidade do comércio local.
“Por enquanto não há grandes expectativas de contratações e o funcionamento das lojas permanecerá o mesmo”, afirma o presidente da CDL de Itaquera, Roberto Manna.
Já Taboão da Serra apresenta um leve crescimento, que deve chegar a 5%. Com tíquete médio de R$50 a R$100, a cidade prova certa resistência em fazer grandes apostas.
O presidente da CDL da cidade, Augusto da Fonseca, afirma que o ano de 2018 pode ser melhor na região do que 2017, mesmo que seja com lento crescimento.
INTERIOR
Cidades como Sorocaba e Barretos acreditam em um crescimento de vendas em torno de 5%, assim como nas contratações temporárias.
“Precisaremos de mais mão de obra neste período de fim de ano, por isso pretendemos contratar 20% a mais de funcionários, com possibilidade de 10% do total ser efetivado. Por isso, vamos ampliar também o tempo de funcionamento das lojas”, afirma o presidente da CDL de Sorocaba, Antônio Luís de Almeida.
Para o interior do estado, a expectativa é de um ticket médio de compra entre R$ 50 e R$ 150.
LITORAL
O litoral paulista é a região mais confiante do estado, mesmo com o histórico desfavorável de 2017.
“Este ano não foi muito bom economicamente falando, mas continuo acreditando que o investimento em capacitação dos colaboradores vai ajudar a alavancar a economia”, diz Marisa Montes Negro, presidente da CDL de Bertioga.
A cidade prevê um crescimento nas vendas de 12%, com um tíquete médio de R$100 a R$150.
Já Praia Grande acredita em um aumento de 20%, considerando o crescimento da cidade como ponto favorável para o comércio local. O tíquete médio previsto é de R$ 50 a R$ 150.
O presidente da CDL de Praia Grande, Antônio Luiz de Souza, afirma que 2017 foi um ano de evolução econômica para a região.
“Os turistas têm aumentado bastante a massa de consumo da cidade, além do boom imobiliário e a facilidade de acesso para cá. Tudo isso faz nossa economia girar”, explica.
As duas cidades estão com 1,5 mil vagas abertas para contratações temporárias e do total, 20% têm chances de efetivação para o ano seguinte.
ABCD
Levemente confiante, a CDL de Diadema afirmou crescer apenas 2% se comparado a 2016. A previsão do tíquete médio dos consumidores varia de R$100 a R$150, porém a expectativa ainda está fraca.
“Este foi um ano com vendas abaixo das metas, poucas contratações e muitas demissões, porém, para 2018, pretendemos realizar reuniões regionais para sentir as necessidades territoriais, assim traremos esperança para nossos comerciantes. Como ano que vem é ano eleitoral, creio que isso vai ajudar a melhorar a economia também”, conclui o presidente da CDL de Diadema, José Manuel Vieira de Mendonça.
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