Parceria entre Brasil e Chile mira área de telecomunicações
Nos últimos anos, as empresas brasileiras de tecnologia aumentaram o interesse no Chile, graças aos avanços no 5G e em fibra ótica
Brasil e Chile formalizaram recentemente a renovação de acordo de livre comércio que envolve, entre outros pontos, a comercialização de serviços de telecomunicação. Os detalhes do acordo constam do Projeto de Decreto Legislativo (PLD) 288/21.
Para Andrés Rodríguez, diretor de InvestChile, a renovação do acordo foi um processo natural, levando em consideração que o Brasil é o principal parceiro comercial do Chile na região. “Dessa forma, era importante incorporar novos temas no acordo, como telecomunicações, comércio eletrônico e meio ambiente, entre outros”, diz.
Em 2020, segundo Rodríguez, os investimentos diretos brasileiros no Chile alcançaram US$ 3.672 milhões. Apenas Colômbia injetou mais recursos no país no ano passado (US$ 3.930 milhões).
O diretor do InvestChile diz que os principais investimentos brasileiros em seu país estão na área financeira. Ele cita a entrada do BTG Pactual após a fusão com a Celfin Capital, em 2012, e a ampliação da participação do Itaú Unibanco no setor bancário local, após a fusão de sua subsidiária, o Banco Itaú Chile, e a Corpbanca, em 2016.
Outros exemplos de investimentos são o Grupo Ecom, em energia, e Vale, na extração mineral.
“Nos últimos anos, as empresas brasileiras de tecnologia aumentaram seu interesse no Chile, graças aos avanços na conexão [fibra ótica, 5G]”, afirma Rodríguez.
ENCONTRO DE NEGÓCIO
Em outubro foi realizado o encontro de Negócios Chile – Brasil, que gerou receita de US$ 24,5 milhões. O evento digital, promovido pelo ProChile, contou com a participações de 159 exportadores chilenos e 110 importadores brasileiros, os quais estiveram envolvidos em mais de 750 negócios.