Metaverso entra na pauta do Fórum Econômico Mundial
Organizações internacionais, governos e empresas assumem o compromisso de pensar futuros alternativos, explorar ideias de maneira imersiva e imaginar o que o mundo futuro poderá ser
Um compromisso para construir um metaverso "economicamente viável, seguro e inclusivo". Essa é a iniciativa firmada durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e que foi anunciada na última quarta-feira, 25/05.
Ao reunir mais de 60 empresas, além de especialistas e acadêmicos, a organização quer abrir as portas a uma colaboração mais alargada, usando a realidade virtual e o metaverso. Em estágio inicial de seu desenvolvimento, o grupo aponta que, se bem conduzido, o metaverso pode ser uma força positiva para inclusão e equidade.
Em uma das ações, uma parceria com a Accenture e a Microsoft, por exemplo, construirá uma Aldeia de Colaboração Global, vista como o futuro virtual da colaboração público-privada. A ideia é que sejam disponibilizados “espaços imersivos onde as partes interessadas podem reunir, criar e agir sobre os desafios mais urgentes do mundo”.
Outras grandes companhias, como Microsoft, Meta, Sony, Walmart e Grupo Lego fazem parte deste circuito e têm como função principal a governança do metaverso. Ou seja, garantir que as tecnologias e ambientes do metaverso sejam desenvolvidos de forma segura.
No compromisso selado para a formação do grupo, os membros se comprometem a buscar equilíbrio entre regulamentação e inovação. Em seu discurso principal, Jeremy Jurgens, diretor administrativo do Fórum Econômico Mundial, falou sobre o compromisso de compartilhar e acelerar soluções que darão vida ao ambiente digital.
Nas palavras de Jurgens, de forma ética e responsável, esse acordo visa identificar incentivos e riscos que as empresas encontrarão à medida que o metaverso se expandir. Além disso, o grupo também pretende mapear como as indústrias podem ser transformadas e quais novos ativos podem ser criados.
Para Brad Smith, presidente da Microsoft, é papel da indústria fazer com que esse novo paradigma seja desenvolvido de forma acessível e coloque as necessidades das pessoas em primeiro lugar.
Tomando como base o estudo Metaverse Hype, desenvolvido pelo instituto Gartner, que aponta que até 2026 mais de 25% da população passará pelo menos 1 hora no metaverso, Julie Sweet, presidente e CEO da Accenture, acredita que o metaverso influenciará no modo como as pessoas pensam, trabalham, interagem e se comunicam muito em breve.
Por essa razão, o metaverso é reconhecido pela organização como a bússola para redefinir a forma como as organizações trabalham e interagem dentro de um espaço colaborativo seguro.