Menos demagogia barata

Exemplo de exagero é a gratuidade nos transportes públicos a estudantes e idosos, quando o razoável é que esta generosidade fosse destinada aos que teriam dificuldades em pagar pelo uso do transporte

Aristóteles Drummond
01/Ago/2018
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A demagogia eleitoreira de muitos de nossos políticos e a omissão da maioria silenciosa têm feito de nosso país palco de situações que beiram o ridículo. E, quando não, à absoluta injustiça.

Somos todos brasileiros, não podemos ser divididos por origem genética –que chamam de racial –nem religiosa, nem mesmo por idade, orientação sexual e poder aquisitivo.

Devemos é ter o bom senso de proteger os que precisam, os prejudicados de todas as formas. Mas lembrando de que generalizar é sempre perigoso.

Exemplo de exagero é a gratuidade nos transportes públicos a estudantes e idosos, quando o razoável é que esta generosidade fosse destinada aos que teriam dificuldades em pagar pelo uso do transporte.

Afinal, temos estudantes e idosos que não precisam desta gratuidade, que, na verdade, acaba no bolso do contribuinte ou na própria tarifa a ser paga pelos demais.

Agora, nos aeroportos, foi incluída, por lei, a prioridade das prioridades para os idosos com mais de 80 anos. Esta prática não existe na grande maioria dos aeroportos dos países mais adiantados.

E as vagas de estacionamento reservados a cadeirantes ou idosos têm validade municipal. O idoso de Niterói não pode parar na vaga reservada aos cariocas. Só rindo.

Nas cotas na universidade  outra grande injustiça. A preferência deve ser pelo estudante de baixa renda e não pela cor. Graças a Deus, no Brasil  a presença de negros e mulatos nas classes alta e média já é significativa.

O pobre no Brasil é discriminado seja qual for sua etnia. Este é que paga mensalidades na rede privada com imenso sacrifício. Aliás, o governo deveria era de distribuir mais bolsas na rede privada, como no passado.

Uma carência de objetividade faz com que o brasileiro seja desestimulado a poupar, investir, fazendo de nosso país um dos de menor poupança popular entre as 20 maiores economias do mundo.

O Estado é sócio até na valorização imobiliária e nos dividendos de ações advindas de lucros já tributados nas empresas.

Por isso, aqui, as bolsas vivem de fundos e não temos uma cultura de poupar em ações, que seria um recurso de baixo custo para as empresas investirem. O que ocorre nas economias capitalistas.

Os caminhoneiros souberam protestar quanto ao aumento do diesel. No entanto, são incapazes de promoverem igual movimento pela recuperação de pelo menos dez estradas vitais para o escoamento das safras, no norte e centro-oeste do país, que desgastam os caminhões provocando despesas extras.

Que falta de bom senso!

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