Inflação oficial acelera e fecha maio em 0,46%, informa IBGE

O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,93%. A meta do Banco Central para 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%

Estadão Conteúdo
11/Jun/2024
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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou maio com alta de 0,46%, ante uma elevação de 0,38% em abril, informou nesta terça-feira, 11/6, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,27%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,93%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024 é de 3,0%, com teto de tolerância de 4,50%.

A alta de 0,46% em maio foi o resultado mais alto para o mês desde 2022, quando ficou em 0,47%.

Oito dos nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em maio. Houve deflação apenas em Artigos de Residência (queda de 0,53% e impacto de -0,02 ponto porcentual).

Os aumentos foram registrados em Alimentação e Bebidas (0,62%, impacto de 0,13 p.p.), Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%, impacto de 0,09 ponto porcentual), Habitação (0,67%, impacto de 0,10 ponto porcentual), Despesas Pessoais (0,22%, impacto de 0,02 p.p.), Educação (0,09%, impacto de 0,01 p.p.), Vestuário (0,50%, impacto de 0,03 p.p.), Transportes (0,44%, impacto de 0,09 p.p.) e Comunicação (0,14%, impacto de 0,01 p.p.).

ALIMENTAÇÃO

O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um aumento de 0,70% em abril para uma elevação de 0,62% em maio. O grupo contribuiu com 0,13 ponto porcentual para a taxa de 0,46% do IPCA do último mês.

O custo da alimentação no domicílio subiu 0,66%. As famílias pagaram mais pela batata inglesa (20,61%), cebola (7,94%), leite longa vida (5,36%) e café moído (3,42%).

A batata inglesa foi o item de maior pressão sobre o IPCA do mês, uma contribuição de 0,05 ponto porcentual. Já a banana-prata, que recuou 11,74% em maio, teve o maior impacto negativo, ajudando a conter a inflação do mês em -0,03 ponto porcentual.

A alimentação fora do domicílio aumentou 0,50% em maio. O lanche subiu 0,78%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,36%.

TRANSPORTES

Os gastos das famílias com Transportes passaram de uma alta de 0,14% em abril para um avanço de 0,44% em maio. O grupo contribuiu com 0,09 ponto porcentual para a taxa geral.

As passagens aéreas ficaram 5,91% mais caras, um impacto de 0,03 ponto porcentual no IPCA. Os combustíveis subiram 0,45% em maio. O gás veicular teve queda de 0,08%, enquanto os demais subiram: etanol (0,53%), óleo diesel (0,51%) e gasolina (0,45%).

O metrô avançou 1,21%, devido ao reajuste de 8,69% no Rio de Janeiro a partir de 12 de abril. O táxi subiu 0,55%, em decorrência do reajuste médio de 17,64% no Recife a partir de 22 de abril.

SERVIÇOS

A inflação de serviços - usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços - passou de um aumento de 0,05% em abril para uma alta de 0,40% em maio.

Segundo André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, houve influência dos aumentos nas passagens aéreas, alimentação fora de casa e planos de telefonia móvel. "A inflação de serviços ainda ficou abaixo do IPCA geral em maio", ressaltou Almeida.

Já os preços de itens monitorados pelo governo saíram de alta 0,74% em abril para aumento de 0,55% em maio. No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 4,60% em abril para 5,09% em maio, retomando o patamar de março. A inflação de monitorados em 12 meses saiu de 6,26% em abril para 6,09% em maio.

 

IMAGEM: Thinkstock

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