Indústria tem desempenho melhor que o esperado em junho
Produção industrial cresceu 8,9% comparada a maio - o que sinaliza perspectiva de recuperação gradual impulsionada pela flexibilização do isolamento social, segundo os economistas da ACSP
Em junho, os resultados da indústria continuam sugerindo que o pior já passou: a produção industrial mostrou crescimento de 8,9% comparada a maio, livre de efeitos sazonais, segundo o IBGE.
Agora, há uma perspectiva de recuperação gradual no segundo semestre, impulsionada pela maior flexibilização do isolamento social e pela retomada da confiança dos empresários. A avaliação é dos economistas do Instituto Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
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Na comparação com o mesmo mês de 2019, apesar da queda de 9,0%, esta foi substancialmente inferior a da leitura anterior (-21,8%). Esse desempenho, que foi melhor do que o esperado, decorreu da continuidade da
flexibilização do isolamento social, além da existência de dois dias úteis adicionais.
Contudo, em 12 meses houve intensificação no recuo, que alcançou 5,6%, enquanto no primeiro semestre, a contração foi de 10,9%, refletindo, em ambos os casos, os efeitos negativos da pandemia sobre a atividade do setor.
No contraste anual, todas as categorias de uso sofreram retração, com destaque negativo para o segmento de bens duráveis, principalmente em decorrência da queda na produção de veículos.
Somente houve aumento na fabricação de bens essenciais (alimentos, bebidas, petróleo e biocombustíveis, fármacos e perfumaria e higiene) e de itens beneficiados pela adoção do home office (eletrodomésticos,
aparelhos de áudio e vídeo e celulares, entre outros).
FOTO: Arquivo Agência Brasil