Indústria tem começo de ano ruim
Para os economistas da ACSP, a crise argentina e baixa demanda interna, devido ao elevado desemprego, continuam a prejudicar o setor
No primeiro mês do ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade industrial mostrou queda de 2,6% em relação ao mesmo mês de 2018, ficando abaixo das expectativas de mercado.
No acumulado em 12 meses, a produção do setor continuou crescendo (0,5%), porém mantendo a tendência de desaceleração iniciada no segundo semestre do ano passado.
No contraste anual, todos os segmentos, segundo as categorias de uso, apresentaram contração, com destaque para a produção de bens duráveis, que continua a ser afetada pela crise argentina, principalmente no caso dos veículos, e de capital, que reflete a lentidão da retomada do investimento produtivo.
Para os economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o ano começou para a indústria mantendo os mesmos problemas enfrentados no final de 2018: crise argentina e baixa demanda interna, devido ao elevado desemprego.
A confiança dos empresários melhorou muito após as eleições, mas isso ainda não se traduziu, do ponto de vista prático, em novas iniciativas.
A perspectiva é de que o avanço das reformas fiscais permita criar um cenário mais favorável para novos empreendimentos, exercendo impacto multiplicador na atividade industrial e econômica.
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