Ilhado pela chuva, varejo da capital paulista vende 20% menos

O levantamento é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base em números da Boa Vista Serviços. Assessoria jurídica da FecomercioSP lista medidas para minimizar prejuízos

Redação DC
13/Fev/2020
  • btn-whatsapp

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) avalia que, devido às fortes chuvas que caíram na cidade de São Paulo desde à tarde do último domingo, o movimento de vendas do varejo da capital paulista teve queda de 20% em comparação com a segunda-feira anterior (03/02) e 18% em relação a igual dia da semana do ano passado (11/2), de acordo com dados preliminares da Boa Vista Serviços.

LEIA MAIS: Para lojistas do Brás, vendas da semana foram por água abaixo

”Os números refletem o recuo das vendas, mas os prejuízos foram muito maiores. Não só o varejo ficou prejudicado, mas também o setor de serviços e a indústria, que apresentaram baixa em suas atividades”, diz Marcel Solimeo, economista da ACSP.

Para Solimeo, os comerciantes e empresários de todos os setores ainda terão que contabilizar danos físicos nos estabelecimentos e adicionar à conta um dia perdido dentro de fevereiro, que é um mês curto e ainda tem o feriado de Carnaval. 

PARA MINIMIZAR PREJUÍZOS

Para reduzir os prejuízos causados pelas chuvas desta semana, a assessoria jurídica da FecomercioSP listou algums direitos dos comerciantes. Os imóveis da capital paulista que sofreram danos físicos na estrutura e nas instalações elétricas ou hidráulicas ou houve prejuízo com a destruição de eletrodomésticos, móveis e alimentos – decorrentes da invasão irresistível das águas –, têm direito à isenção ou remissão do IPTU no exercício seguinte ao da ocorrência do dano, conforme dispõe a Lei n.º 14.493/2007, regulamentada pelo Decreto n.º 48.767/2007.

LEIA MAIS:  Na Ceagesp, comerciantes perdem 7 mil toneladas de alimentos

Outro ponto é solicitar linhas de créditos a juros menores ao Banco do Povo Paulista, para ter respaldo na recuperação das perdas durante as enchentes. Também é possível pedir a revisão das contas de água à concessionária de abastecimento a fim de reduzir, ao menos em parte, o prejuízo causado ao negócio.

Além disso, as empresas que possuem apólices de seguros com coberturas compreensivas poderão ser indenizadas pelos danos causados aos seus automóveis decorrentes de enchentes e alagamentos.

Entretanto, caso haja a colaboração do segurado para a ocorrência do dano ao veículo – por exemplo, insistir em trafegar com o carro da empresa em local já alagado –, essa situação poderá ser vista como agravamento de risco, e a cobertura do prejuízo, negada pela seguradora. 

IMAGEM: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Diário do Comércio permite a cópia e republicação deste conteúdo acompanhado do link original desta página.
Para mais detalhes, nosso contato é [email protected] .

Store in Store

Carga Pesada

Vídeos

Alexandra Casoni, da Flormel, detalha o mercado de doces saudáveis

Alexandra Casoni, da Flormel, detalha o mercado de doces saudáveis

Conversamos com Thaís Carballal, da Mooui, às vésperas da abertura de sua primeira loja física

Entenda a importância de planejar a sucessão na empresa