HRtechs modernizam gestão de RH das empresas
Essas startups de recursos humanos ganham cada vez mais importância dentro das corporações, especialmente para a qualidade de vida de funcionários e nas contratações
Essencial na estrutura de uma empresa, a área de recursos humanos conta com apoio cada vez maior da tecnologia no dia a dia das grandes corporações, inclusive com ajuda de especialistas externos. São as HRtechs, startups de recursos humanos.
Em tempos de reorganização do trabalho por conta da retomada pós-pandemia e os desafios das corporações para encontrar e reter talentos, essas empresas se expandem no ambiente corporativo.
“As HRtechs estão impulsionando e evidenciando cada vez mais o RH como área estratégica dentro das companhias. Os dados de inovação aberta evidenciam que as HRtechs têm expressivo crescimento na evolução dos ecossistemas”, explica Miguel Assunção, sócio da área de Gestão de Pessoas da EY e especialista em Reestruturação Organizacional, Eficiência Operacional e Ágil. “Acredito que as RHtechs têm uma função ‘quase humana’ nas organizações, que é fazer com que a experiência do colaborador, em todo ciclo de vida deste, seja a melhor, de forma mais engajadora e eficiente possível.”
Segundo ele, dos anos 2000 até hoje, já foram investidos cerca de US$ 3,5 bilhões no ecossistema brasileiro de HRTechs, dos quais grande parte foi aplicado a partir de 2019. Do total de investimentos, 69% foram alocados na categoria aprimoramento e cuidado (qualidade de vida, benefícios, desenvolvimento de skills e DE&I), 22% destinados à contratação e 9% empregados em gestão. “A pandemia influenciou muito as necessidades de aprimoramento e cuidado”, explica o consultor.
A adesão cada vez maior das corporações às práticas sociais, governamentais e ambientais (conhecidas pela sigla ESG) também é um fator de impulsionamento das HRtechs.
“Acredito que os próximos movimentos robustos de crescimento e investimento serão nas perspectivas e seus desdobramentos do ESG. Em paralelo, certamente teremos alguns pontos fora da curva nas perspectivas de experiência, gestão e eficiência”, afirma Assunção.
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