História no Brasil sempre se repete

Nenhum dos candidatos e respectivos partidos políticos têm propostas inspiradoras para nos levar onde queremos chegar daqui a quatro anos

Charles Holland
19/Set/2022
  • btn-whatsapp

Aprendemos muito com os grandes historiadores, Arnald Toynbee, H.G. Wells e muitos outros. Eles mostram como entender melhor o presente e visualizar o futuro com base no passado. A História se repete, com dados atualizados e novos atores, há milênios.

Nenhum dos candidatos e respectivos partidos políticos têm propostas inspiradoras para nos levar onde queremos chegar daqui a quatro anos e a seguir, influenciados pelos planejamentos do que queremos e precisamos, como os que deram certo no passado, e não com os que deram errado no passado.

Nossos líderes não inspiram a nós brasileiros a voltarmos a ter orgulho pleno do Brasil, como outrora, num passado recente, quando havia falta de mão de obra para tanta vontade de crescer. Havia disputas para atrair talentos para suas empresas. Havia até falta de empregadas(os) domésticas(os), todas interessadas em ingressarem no mercado em expansão, com carteiras assinadas (CLT) etc.

Em duas épocas separadas por poucos anos, o Brasil foi líder em crescimento mundial, com orgulho de pertencimento e alto astral, falta de mãos para obras, retorno massivo de brasileiros do exterior, enxurrada de estrangeiros brigando para serem aceitos no Brasil, até ganhos de Copas de Mundo etc. Éramos felizes, e não sabíamos.

História recente mostra o que deu mais certo no Brasil. Com dois exemplos distintos, democrático e outro diametralmente diferente, da ditadura imposta, segundo nossos historiadores, pela maioria da sociedade, com execução feita pelos militares, apoiada na época pela grande maioria da nossa sociedade.

Ambos os líderes dos regimes abaixo citados primavam em prestar contas do andamento dos seus planos, previamente submetidos e aprovados pela sociedade, sempre informativas, transparentes e motivadoras.

Regime democrático, com gestão do Presidente Juscelino Kubitschek - de 1956 a 1961 - Elegeu-se com o slogan de campanha 50 anos de progresso em 5 anos de gestão. Foi a época que o Brasil mais cresceu, inclusive do mundo. Éramos admirados e invejados no mundo.

Cumpriu as 30 metas de campanha, divididas por 5 setores, que foram cumpridas: energia, transportes, educação, indústria e alimentação, além da construção do novo poder central, Brasília, no centro do País. A industrialização avançou 50 anos, em 5 anos, conforme prometido.

Regime militar rígido (duro) de 1964 a 1974 - Após este período, houve relaxamento gradativo até 1984, com a volta gradativa à democracia, anseio de todos, com mais ordem para ter progresso. Os militares tinham vontade de voltar para os seus quarteis. Foi o que fizeram.

Nunca houve tantas mudanças em tão pouco tempo. Houve priorização para meritocracia no trabalho, expansão da importância e crescimento exponencial das empresas, empregos, moradias, ensino, investimentos em infraestrutura etc.

Simultaneamente, com cassação de mandatos de políticos opositores, restrições a atuação do legislativo e judiciário, enxugamento da estrutura e de custos do Estado, cassação de direitos de privilegiados etc.

Foi assegurada e praticada liberdade para todos que quisessem trabalhar e de não atrapalhar os que produziam riquezas e empregos, com garantias e segurança para trabalhar, investir e atrair investimentos. Na época éramos o país que mais crescia, admirado e invejado no mundo.

Durante o período de ditadura rígida foi priorizado planejamentos de longo prazo, e metas ambiciosas de crescimento e de ocupação da Amazonia, seguindo o slogan, “integrar para não entregar”.

Nunca o País cresceu tanto, por tanto tempo, resgatando o orgulho pleno de sermos brasileiros. Havia na época, carência de mão de obra para atender as demandas da sociedade e dos mercados, bem atendidas pelos empresários, muitos deles novos, aumentos reais de renda, ensino levado a sério, políticos bagunceiros fugindo do País antes de serem presos etc. Havia plena liberdade para trabalhar, ser menos pobre, mais classe média, ter resgate de dignidade, e perseguição aos que queriam só o poder político, em benefício próprio, seus apadrinhados e seguidores.

Inexiste fórmula para crescer e prosperar sem trabalhar muito, com benefícios para os próprios interessados, de suas famílias e comunidades. A nova mina que vale mais que ouro, petróleo, e riquezas embaixo ou acima de terra, é a educação, na nova era de criação exponencial de riquezas pela priorização das sociedades, desde 1994. É isto o que países nos últimos cinquenta anos fizeram bem, com Israel, China, Coreia do Sul etc. E anteriormente, após 1945, pela Alemanha e Japão.

Menos shows dos candidatos atuais de promessas de quem vai dar mais bolsas ociosidade, mais benefícios sem correspondentes obrigações etc. Parece ser a melhor opção para os atuais candidatos, da direita, da esquerda ou conforme os ventos sopram.

Um valor que a nossa sociedade estima muito é a honestidade, de fato e praticada. Fica aqui o critério individual de todos sobre o que entendem por honestidade, praticada pelos políticos.

Nós, eleitores em 2 de outubro temos de exercer bem o nosso direito não alienável na democracia de fazer a melhor opção para nós, nossas famílias e comunidades.

Deposite o seu voto naquele que você acha que é a melhor opção para você, sua família e nosso Brasil.

**As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do Diário do Comércio

O Diário do Comércio permite a cópia e republicação deste conteúdo acompanhado do link original desta página.
Para mais detalhes, nosso contato é [email protected] .

Store in Store

Carga Pesada

Vídeos

Para Ricardo Nunes, melhorar a desigualdade só com investimento em diversas frentes

Para Ricardo Nunes, melhorar a desigualdade só com investimento em diversas frentes

Entrevista com Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária

Marina Helena, candidata à Prefeitura de SP, quer devolver IPTU a comerciantes